Mentalidade irrefletida e polarizada no mundo
O novo hominídeo, que ganhou um volume cerebral maior, segue pensando, porém a grande maioria não reflete
O Homo sapiens está em rota de colisão com suas transformações biopsicossociais, incluindo o advento da I.A, que vem sendo um desafio para a espécie que saiu de um mar primordial e a partir da Idade Moderna sacou a pena passou a dominar canetas, teclados, drones e Homens. Durante sua trajetória, os primeiros seres humanos deixaram suas marcas culturais em paredes de cavernas.
Ali, ele já fazia relatos jornalísticos, narrava suas histórias através da arte rupestre. Seu coração cheio de dúvidas seguia rumo à condição mais natural de todos os tempos como destino final: a morte. Compreender a finitude, domar a natureza, se tornou a premência para a nova espécie que começava a pensar.
E o novo hominídeo, que ganhou um volume cerebral maior, segue pensando, porém a grande maioria não reflete. Pensar de novo, ou seja, refletir é um ato mais vestigial do que qualquer outra coisa. A história das mentalidades decerto nos brinda com a busca do entendimento da situação econômica e social de um espaço geográfico, seja ele um feudo, um reino, um país, ou até mesmo uma tribo, em temos dados: a compreensão dos processos políticos contemporâneos, inclusive da política externa de qualquer país, requer a análise dos níveis sistêmico e doméstico.
No plano sistêmico ou estrutural, caracterizado por assimetrias e desigualdades, é preciso observar as contradições do sistema capitalista e seu impacto nas rivalidades e nas relações de poder entre os Estados. No âmbito interno, faz-se necessário analisar as coalizões políticas e as tensões entre os diferentes atores estatais e não estatais.
O Estado é uma instância onipresente na vida de todos os cidadãos de um país e, em todas as suas diversas estruturas e poderes, torna-se responsável direto pelo estabelecimento e desenvolvimento das condições de vida de uma população. Direitos constitucionais básicos dos cidadãos, como o acesso à alimentação, educação e saúde, são por ele definidos e implementados.
Seu instrumento de atuação são as políticas públicas por ele desenvolvidas, as quais deveriam estar orientadas para arbitrar de forma justa e equilibrada as tensões sociais, promovendo a igualdade entre os cidadãos e a melhora de sua qualidade de vida. Mas será que é isto mesmo que vem ocorrendo? Em relação à afirmação do autor (COSTA, 2005, P.1.262)?
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

