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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Mercado financeiro teme milícias bolsonaristas na disputa eleitoral em 2022

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Dois expoentes do mercado financeiro - Paulo Marinho e Armínio Fraga -, na Folha e no Valor, respectivamente,  deixaram claro que estão com medo das ameaças às instituições pelos milicianos aliados do presidente que viram inimigos da democracia; afinal, as instituições estão sob ataques do próprio presidente da República, cuja base de apoio político são as milícias; o presidente do STF, ministro Luís Fux, preocupado com o assunto, chamou o titular do Planalto para reclamar da postura dele, de claras ameaças fascistas que se acumulam em formas de seguidos crimes de responsabilidade; a sociedade civil, como destaca Paulo Marinho, ex-coordenador de campanha eleitoral de Bolsonaro, recua-se diante dos fascistas milicianos que demarcam terrenos nas favelas cariocas para atuarem de forma sempre ameaçadora. 

Ele relata que quem tem negócios nas favelas, especialmente, no campo da educação, de modo a se viabilizarem eleitoralmente em decorrência de inserção da classe na sociedade, está borrando de medo; se tentarem entrar na política, seus negócios vão para o brejo; do mesmo modo, Armínio, vocalizador do mercado financeiro, teme que a escalada política bolsonarista, que se ancora em pressões ameaçadoras, afaste a sociedade civil dos termos constitucionais que marcam processos político-eleitorais;  eles deixam de valer diante do direito da força que anula a força do direito. A milicialização política bolsonarista abafa política democrática institucional; diante de tal quadro político em completa deterioração, os mercadores financeiros temem que está chegando a hora de eles, como o Congresso conservador neoliberal, terem que pedir benção aos milicianos para fazer seus negócios, por meio dos poderosos fundos de investimentos que estão avançando no processo de privatização da economia; por que os milicianos, ganhando o poder pelo direito da força sobre a força do direito, não iriam querer, também, participar do butim trilhonário privatista, atendo-se, apenas, às oportunidades que já exploram ao arrepio da lei, se estão protegidos pelo poder maior do executivo militarizado? 

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Do ponto de vista das milícias, os homens do mercado financeiro são tão bandidos quanto os milicianos, ainda, em escala maior, porque impõe à sociedade o modelo neoliberal cujos efeitos são aprofundamento do desemprego, da miséria, fome, concentração de renda, desigualdade social, desequilíbrio fiscal, instabilidade cambial etc? Configura-se, portanto, pressão dos mais ricos e poderosos em favor do que jamais se imaginaria, ou seja, derrubada de Bolsonaro por impeachment antes que eles, os poderosos, sejam removidos pelas milícias. Eis o abismo horroroso no qual o bolsonarismo ultradireita radical neoliberal jogou o Brasil. A elite está tremendo diante do que ela mesma aprontou ao apoiar o golpe de 2016 para derrubar Dilma e inviabilizar Lula em 2018; agora, corre atrás de não sabe quem pois não tem alternativa para 2022, onde o espaço, parece, está tomado por Lula, como anunciam pesquisas de opinião.

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