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Heraldo Campos

Graduado em geologia (1976) pelo Instituto de Geociências e Ciências Exatas (UNESP), mestre em Geologia Geral e de Aplicação (1987) e doutor em Ciências (1993) pela USP. Pós-doutor (2000) pela Universidad Politécnica de Cataluña - UPC e pós-doutorado (2010) pela Escola de Engenharia de São Carlos (USP)

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Meu deus, onde vamos parar?

Se isso faz parte de um plano macabro não sei, não tenho bola de cristal, mas que um povo desinformado, doente, desamparado pelo estado, é muito mais fácil de ser dominado, isso é

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Quando foi feita essa foto, num evento de recursos hídricos na Argentina, lá pelo ano 2001, ou durante mesmo um pouco depois desse enigmático ano, provavelmente alguém poderia muito bem ter perguntado: meu deus, onde vamos parar?

Nessa época, parecendo um “cruzado” defendendo o Aquífero Guarani, ainda na época quando se escrevia “aqüífero” com trema, poderia até ser confundido com um dos integrantes perdidos em território argentino do “ZZ Top”, que confesso lembrava pouco desse conjunto de blues texano, muito louco e bom por sinal.

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Mas, lembro muito bem, que chegaram até a perguntar, nesse evento, o porquê da barba daquele tamanho. Seria alguma seita por trás do aquífero? Ou alguma promessa para atravessar sobre suas águas, mesmo que sendo águas subterrâneas? Ou vai lá saber se não foi por pura provocação, como a vinda de um messias aquático?

Expliquei, rapidamente, que um dia a minha superiora na época, no local onde trabalhava, me aconselhou a dar uma aparada na barba porque ao Osama bin Laden tinha sido atribuída, recentemente, a derrubada das Torres Gêmeas em Nova Iorque. Achei aquilo o máximo da intromissão, mesmo porque a barba estava somente meio cheia e o que poderia fazer se me assemelhava, fisicamente, com alguma coisa do famigerado dito cujo. Assim, humildemente, como avaliei que não parecia nada com ele deixei crescer a barba porque quis e passei a ouvir um monte de coisas depois, como consequência, obviamente.  

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Um dia, apresentando esse mapa do Aquífero Guarani, em um evento para uma plateia de umas 800 pessoas, num auditório na cidade de Erechim (RS), confesso que precisei me contorcer todo e perguntar para o agitado público se eles estavam ali para malhar e vaiar o cara da barba grande, que nunca tinham visto pela frente, mas que talvez merecesse alguma atenção porque ia falar um pouco sobre um dos maiores aquíferos do mundo, o Aquífero Guarani.  

Olha, não sei até hoje como consegui driblar a situação, não perder a linha e passar a bendita mensagem para a qual tinha feito uma longa viagem de “bondão” atravessando o interior gaúcho. Para completar, antes de começar a falar para esse povo todo, uma das meninas da organização do evento havia me pedido o pen-drive com o Power Point para a tal palestra. Numa fração de segundos, depois de perguntar para ela “mas o que é o pen-drive com o Power Point?”, pedi correndo um retroprojetor para as boas e as velhas transparências, que era o material que tinha em mãos. E foi com o retroprojetor que consegui passar o recado para as “feras” e a façanha acabou num fraterno jantar. 

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Passados esses quase vinte anos da palestra e dominando “o pen-drive com o Power Point”, mesmo distante já alguns anos de uma sala de aula ou de algo similar, mas numa briga diária na sobrevivência contra um governo genocida, que nega a pandemia do coronavírus, vale de novo a pergunta: meu deus, onde vamos parar?

Será que vamos parar no cenário do final do filme “Guerra Mundial Z”, de 2013, estrelado pelo Brad Pitt? Sem querer ser um estraga prazer e contar o final do filme, ou dar um “spoiler”, como dizem alguns metidos nos dias de hoje, no seu final, depois de se encontrar uma suposta vacina para combater a raiva do vampirismo instalado pela contaminação de um vírus, o “negócio” é meter uma bomba na cambada de vampiros e se livrar do mal instalado pela doença. E matar todos eles, lógico.

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Se isso faz parte de um plano macabro não sei, não tenho bola de cristal, mas que um povo desinformado, doente, desamparado pelo estado, é muito mais fácil de ser dominado, isso é. Ou a política do governo federal contra o coranavírus não faz parte de um plano que caminha nessa direção?

“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.” (Ariano Suassuna).

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