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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

620 artigos

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Militares fracassam na coordenação política

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Derrotado

Congresso não engoliu discurso autoritário de garantir direito de matar, excludente de ilicitude, para forças policiais e militares. Paraisópolis demonstrou que sua aplicação produz barbárie. A sociedade sente-se, psicologicamente, em campo de concentração, alvo de ataques, especialmente, os mais pobres, negros e jovens, alvos principais da violência urbana, que está matando mais de 60 mil pessoas por ano. O direito de matar é a negação do diálogo político. Por isso, foi derrotada essa estratégia concebida pelos militares no poder, como braço direito do capitão Bolsonaro. Antidemocracia descarada.

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DESASTRE MILITAR NA COORDENAÇÃO POLÍTICA

O atual coordenador político do governo Bolsonaro, general
Luiz Eduardo Ramos, parece que não está agradando.

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É o que expõe, ao UOL, o deputado Arthur Lira(PP-AL), expressão do Centrão, maior força política do Congresso, candidato a presidente da Câmara.

Coloca fratura política exposta que explica porque avança maior protagonismo do Legislativo diante do Executivo.

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O modus operandi dos militares não bate com o modus político.
Há uma desconfiança recíproca.

Inicialmente, Bolsonaro colocou para coordenar o deputado Ônix Lorenzoni.

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Não deu certo.

Ônix, homem do parlamento e não da caserna, nunca mereceu confiança total dos militares.

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Por isso, caiu.

Subiu no seu lugar o general Santos Cruz, que, também, não deu certo.

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Achou que poderia criticar impunemente o coronel presidente a sua sofreguidão verbal, cujas consequências, segundo Cruz, são piora na relação política com Congresso.

Cruz caiu e subiu general Luiz Eduardo, considerado homem de diálogo.

O toma lá dá cá político é uma instituição republicana, no Brasil, que Bolsonaro, depois de se beneficiar dele, disse significar a velha política, contra a qual se bate, na cadeira de presidente.

Por isso, colocou os homens de farda para conversar com os políticos, na tentativa de criar a nova política, enquadrando civis.

Não está dando certo.

Fracassaram em tentar emplacar principal projeto político do presidente, o excludente de ilicitude, para garantir direito de matar às forças policiais e militares.

Os congressistas disserem não ao modus operandi autoritário intrínseco à ação dos militares, escravos da hierarquia.

A recorrência discursiva autoritária de defender AI-5 como solução promove fuga dos políticos.

Eles batem de frente com pensamento autoritário, adequado aos quarteis, não ao parlamento.

Nos quarteis, a ordem é obediência cega, hierárquica.

No parlamento, a ordem, contrária, é parlar, que envolve concórdia e discórdia como arma de luta.

RACHA NO PARLAMENTO

Bolsonaro ganhou a contragosto a parada da previdência, mas as divergências democráticas sobre o assunto, entre Câmara e Senado, estão colocando areia no ventilador.

Na Câmara, predominou interesses do mercado, comprado a peso de outro, com emendas parlamentares.

No Senado, os interesses dos estados, aos quais se alinham os senadores, a coisa está complicada.

O baixo crescimento econômico não reagiu conforme prometeu Paulo Guedes porta voz do mercado financeiro.

A economia ficará de novo na casa dos 1% em 2019 e em 2020 as previsões são chutes.

Afinal, Guedes chutou que se passasse a previdência, o crescimento, já nesse ano, seria de 2,5%.

Papo furado.

A instabilidade está sendo dada pela cotação do dólar.

Os investidores, receosos da paralisia e do avanço da desigualdade social, parteira de convulsões, estão fugindo e pressionando, com fuga de dólar, a inflação.

Sem plano econômico de retomada do desenvolvimento, que Bolsonaro não tem, a instabilidade cambial continuará em 2020.

O Congresso, agora de olho na greve geral na França, depois do desgaste das reformas neoliberais, dificilmente, continuará, em ano eleitoral, com a agenda de austeridade fiscal de Guedes a qualquer custo.

Consequentemente, a relação entre o discurso autoritário do capitão e dos militares, cuja supremacia, requer AI-5, calando a boca da oposição, não emplaca no legislativo.

O papo é outro em tempo de disputa política nas urnas, em meio ao desemprego e inflação.

Ou os militares se rendem à política ou terão que fazer a política deles, que conhecem, com o AI-5.

Nuvens negras prenunciam 2020 esquisito, depois do evidente fracasso dos militares na coordenação política do governo bolsonariano.

https://noticias.uol.com.br/…/lider-do-centrao-lira-diz-que…

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