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David Nogueira

Professor e jornalista, foi dirigente da CUT, da CNTE e ex-secretário de Comunicação do PT/RO; membro do diretório PT/RO

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Ministro e Chá Ayahuasca vencido

O que está em jogo (esse Ministro provavelmente encharcou-se até aos ossos de Ayahuasca) é gigantesco e envolve a vontade do povo brasileiro definida nas urnas em quatro processos eleitorais presidenciais

O que está em jogo (esse Ministro provavelmente encharcou-se até aos ossos de Ayahuasca) é gigantesco e envolve a vontade do povo brasileiro definida nas urnas em quatro processos eleitorais presidenciais (Foto: David Nogueira)
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1. Ministro e Chá Ayahuasca vencido!!!

Apesar de tentar ser delicado com nossa autoridade maior hospedada no apetitoso Ministério de Minas e Energia, não posso deixar de registrar a "confusão" causada com as afirmações proferidas, em terras do sorridente Tio Sam, do ilustre Senador Eduardo Braga (PMDB/AM), Ministro titular daquela pasta, sobre a "possível" revisão da política de Conteúdo Local para futuros leilões, com vistas à exploração do petróleo nas alvissareiras terras de Carmen Miranda. Provavelmente, uma vez que não podemos descartar a possibilidade, Sua Excelência deve ter bebido, em demasia, um Chá de Ayahuasca terceirizado e com data vencida no século passado ou, quem sabe, contaminado até a raiz com agrotóxico da soja. Em sendo esse o caso, espero não tardar a procura pelo Procon, por parte do patrão do MME, objetivando protocolar uma dura representação contra os relapsos fornecedores do seu alucinógeno favorito.

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2. Outra bobagem!

Acompanhado dessa fala "estranha", veio outra... nela, o ilustre Ministro diz que o modelo de Partilha, em que a Petrobrás deve ter participação de, no mínimo, 30%, precisa ser revisto... blá, blá, blá, blá... Provavelmente, os poderosos donos das grandes transnacionais petrolíferas ( a anglo-holandesa Shell, a americana Exxon, a britânica BP, a francesa Total e a anglo-australiana BHP), todos presentes nesse seleto convescote texano, derreteram-se em mimos para com o sábio ministro tupiniquim, na ensolarada Houston. O papo não era nada desprezível, pois afinal, envolvia a maior reserva de petróleo descoberta neste século, cujo potencial ainda é incalculável. Essa bufunfa toda, estrategicamente definida como privativa de controle absoluto pelo Brasil, não agradou em nada o mundo corporativo dos petrodólares.

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3. Decisões para eleitos

O que está em jogo (esse Ministro provavelmente encharcou-se até aos ossos de Ayahuasca) é gigantesco e envolve a vontade do povo brasileiro definida nas urnas em quatro processos eleitorais presidenciais. O petróleo é do Brasil e deverá ser explorado por ele em acordo com a estratégia do país e dentro de suas possibilidades. Não somos quintal de ninguém e não queremos ser e nem repetir os erros dos países produtores de petróleo mundo afora. A política desse setor, aprovada em 2010, é um marco histórico para o Brasil e para o mundo. Deve ser preservada, defendida e fortalecida dentro de um ambiente de transparência a serviço do povo tupiniquim. Só para ter uma ideia do tamanho do cofre, o Brasil, em 60 anos, produziu 15 bilhões de barris de petróleo. Só o poço de Libra, no pré-sal, possui reservas superiores a 12 bilhões de barris.

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4. Números gigantescos

Outra bobagem dita pelo Ministro faz menção à política de conteúdo local. O Governo estaria disposto a "flexibilizar" essa norma para atender uma efetividade maior. Essa normatização, patrocinada por Lula, foi de uma importância enorme para o país. Mexer nisso é ferir o interesse nacional. Por intermédio dessa Lei, pelo menos 60% daquilo que for utilizado para a exploração do petróleo, deverá ser produzido no Brasil, gerando empregos de qualidade aqui... arrecadando impostos aqui... dinamizando a economia daqui e não no primeiro mundo. Alterar isso significa pauperizar a nação sob todos os aspectos. Só entre 2003 e 2009, essa política produziu 640 mil novos postos de trabalho qualificados e gerou 14,2 bilhões de dólares em bens e serviços, segundo os dados do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (PROMINP).

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5. Há muita coisa em jogo

O arcabouço para a exploração do Pré- Sal (até 2013) teve um custo de, aproximadamente 700, bilhões de dólares, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Outro tanto deve ser investido, nos próximos dez anos, com o propósito de ampliar essa produção. Nos vindouros e acalorados 35 anos, ainda segundo estudo da FGV, o total de empregos ligados à cadeia do petróleo (diretos e indiretos) deverá chegar a casa dos 87 milhões de postos. Essa exploração de riqueza nacional gerará cerca de 1 trilhão de reais em tributos a serem investidos em Educação (75%) e Saúde (25%). Estamos vivendo um período verdadeiramente revolucionário, no qual interesses enormes estão sendo contrariados e isso gera reações... muitas... O Ministro não deveria fazer afirmações desse cunho e de tamanho impacto para o país sem conversar, longa, longa, longamente com quem teve os tais cinquenta e quatro milhões de votos... Ou, então, não tomar chá vencido!!

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