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Daniel Samam

Daniel Samam é Músico, Educador e Editor do Blog de Canhota. Está Coordenador do Núcleo Celso Furtado (PT-RJ), está membro do Instituto Casa Grande (ICG) e está membro do Coletivo Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores (PT).

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Moro desidrata e Bolsonaro sinaliza para a ruptura institucional

(Foto: José Cruz - ABR)
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Desde as mensagens reveladas pelo site The Intercept, e agora em parceria editorial com o jornal Folha de São Paulo, o ministro da Justiça e ex-juiz Sérgio Moro, vem perdendo o status de super herói, tendo de se agarrar cada vez mais ao posto de ministro e a Bolsonaro. Isso ficou claro após sua passagem pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nesta semana.

O problema é que nem Moro conseguirá interromper a chuva de revelações, nem o Intercept parece estar perto de derrubar o símbolo maior da Lava Jato. O prestígio e capital político que o ex-juiz ainda transfere para o governo é o que o mantém no cargo.

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No entanto, Moro vem desidratando. O que resta é sua presença no governo, no cargo de ministro, mais ajudando do que atrapalhando Bolsonaro, que tem motivos suficientes para bancar o ministro, pois agora não é mais a lógica do um que depende do outro, mas o outro que depende do um. E enquanto Moro estiver sob bombardeio, ele blinda o governo e o próprio Bolsonaro.

Com isso, o governo segue seu projeto totalizante. As demissões de Joaquim Levy do BNDES, e do general Santos Cruz da Secretaria de Governo, e sua substituição pelo general Luiz Eduardo Ramos Pereira, comandante militar do Sudeste, que também comandará a articulação política do governo no lugar de Onyx Lorenzoni, sinalizam que o governo Bolsonaro optou por emparedar a direita tradicional e tomou o caminho do endurecimento do regime, planejando um confronto com o establishment político, incluindo Congresso, Judiciário e Alto Comando das Forças Armadas, com consequências imprevisíveis para o cenário político, econômico, institucional e social.

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O general Ramos Pereira é o primeiro militar da ativa a assumir uma posição de comando estratégico e operacional do governo. O Exército brasileiro se comprometer política e institucionalmente desta forma com o governo Bolsonaro, rompe uma fronteira temerária para a democracia.

As revelações envolvendo Moro e a Lava Jato, mais a incapacidade de Paulo Guedes de apresentar uma saída contra a crise econômica completam o cenário de terra arrasada. Não há projeto, senão o da ruptura institucional e advento de um governo totalitário.

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