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Ricardo Vale

Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Líder do PT na Câmara Legislativa do DF

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Morrer lutando, não trabalhando

A ação nacional desta quarta-feira 15 é uma resposta aos absurdos compreendidos nessa famigerada proposta de reforma da Previdência, tais como extinção de direitos trabalhistas, aprovação da idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e mulheres, ampliação de 25 para 49 anos o tempo de contribuição para que se tenha direito à aposentadoria integral

A ação nacional desta quarta-feira 15 é uma resposta aos absurdos compreendidos nessa famigerada proposta de reforma da Previdência, tais como extinção de direitos trabalhistas, aprovação da idade mínima para aposentadoria de 65 anos para homens e mulheres, ampliação de 25 para 49 anos o tempo de contribuição para que se tenha direito à aposentadoria integral (Foto: Ricardo Vale)
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Nesta quarta-feira (15) aconteceu o Dia Nacional de Paralisação Contra a Reforma da Previdência, ato organizado e convocado por centrais sindicais e movimentos populares.

Dentre outras categorias profissionais que aderiram a uma ampla agenda de manifestações país afora estiveram trabalhadores do transporte, educação, bancários, eletricitários, metalúrgicos, químicos, servidores federais e do Judiciário. No Distrito Federal, foram cerca de 5 mil servidores públicos e 2 mil trabalhadores do meio rural mobilizados para a luta.

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A ação é uma resposta aos absurdos compreendidos nessa famigerada proposta de reforma da Previdência, tais como: extinção de direitos trabalhistas; aprovação da idade mínima para aposentadoria de 65 anos tanto para homens quanto para mulheres; ampliação de 25 para 49 anos o tempo de contribuição para que se tenha direito à aposentadoria integral.

Tais propostas desprezam fatos e estatísticas incontestáveis. A saber:

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- nos rincões e periferias do país, a expectativa de vida da população é inferior aos 65 anos da proposta da reforma; assim, muitos morrerão antes de se aposentar, não recebendo um centavo das contribuições descontadas de seus salários durante décadas; e

- no caso das mulheres, a maioria trabalhou a vida inteira também em casa, o chamado "segundo turno", cuidando de filhos e afazeres domésticos, um acúmulo pelo qual merecem, sim, uma aposentadoria com menor tempo de trabalho e contribuição.

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E isso vindo de quem se aposentou aos 55 anos, com todos os direitos, como é o caso de Michel Temer e de alguns congressistas favoráveis à reforma. Mas o escárnio vai além: Temer tem declarado que "quem é contra a reforma é contra o Brasil", pois sem ela a Previdência ficará deficitária, mas esconde o fato de 500 empresas deverem quase R$ 500 bilhões ao INSS, dívida equivalente a três vezes o citado déficit da Previdência, conforme apurado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que também apurou que 82% das empresas devedoras estão ativas.

Pra completar, ninguém menos que o relator da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, Arthur Maia (PPS-BA), é um dos devedores da Previdência, na condição de sócio de uma distribuidora de combustíveis no interior da Bahia que não repassou ao INSS R$ 151,9 mil referentes a tributos previdenciários, conforme revelou a insuspeita Folha de São Paulo.

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Por tudo isso, até mesmo as bases de partidos aliados do governo têm rejeitado a reforma e apostado que suas propostas não serão aprovadas no Congresso, o que é alvissareiro, mas não o suficiente para que não lutemos com todas as nossas forças contra esse assalto de dinheiro e de direitos dos trabalhadores. Morrer lutando, sim; morrer trabalhando, nem pensar.

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