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Morte e vida

Morte é a resposta que as elites brasileiras têm para aqueles que incomodam. Por outro lado, permanecem vivos e aflorados Marielle e tantas outras e tantos outros já não estão fisicamente entre nós, sua memória, sua luta, seu ideal de justiça, sua defesa dos menos favorecidos e sua história 

Morte e vida (Foto: Divulgação)
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Esta cova em que estás com palmos medida

É a conta menor que tiraste em vida.

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É de bom tamanho, nem largo, nem fundo

É a parte que te cabe deste latifúndio

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Morte e vida Severina – João Cabral de Melo Neto

Neste poema, João Cabral de Melo Neto retrata a vida sofrida do retirante nordestino fugindo da seca e da miséria (humana, pois a seca não era uma fatalidade, mas um projeto – vide a transposição do rio São Francisco de Lula e Dilma) em busca de alguma dignidade na capital.

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Assim, como em toda a trajetória histórica brasileira, a elite do atraso, conforme professor Jessé Souza, escravagista e entreguista, nunca teve um projeto de país, mas um para si, pois defende apenas a manutenção de seus privilégios em detrimento dos outros 90 por cento da população, tal qual abutres disputando os espólios putrefatos, reconhecer e implementar condições para que aquela dignidade se estabelecesse nunca foi pauta.

Excepcionalmente, durante os 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores – PT, uma sociedade voltada para aqueles desgraçados na visão de Castro Alves (O navio Negreiro – Tragédia no Mar) começa a ser vislumbrada. A prova cabal de que era possível foi a saída de milhões da pobreza extrema e a ascensão de outros milhões de classe social. 13 anos sobre 505!

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Embora a Constituição brasileira de 1988 tenha sido, em grande parte dela, inspirada na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), as vozes que gritam para que TODOS os seres humanos tenham seus diretos preservados, com o estado de exceção criado no pós golpe são silenciadas, seja por uma imprensa corrupta e golpista, seja, por meio da violência extremada, como ocorreu com Marielle Franco, vereadora, militante de muitas causas em favor daqueles direitos.

Essa violência não é novidade, pois, num passado não distante, Zuzu Angel também foi executada pela ditadura militar porque gritava, implorava, incomodava. Só queria embalar seu filho (Angélica – Chico Buarque), enterrá-lo.

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MORTE. A resposta que as elites brasileiras têm para aqueles que incomodam: os trabalhadores do campo; os pobres e pretos; os insurgentes; os LGBTs; os que representam risco às benesses e privilégios de uma casta; os que têm a ousadia de entrar em um avião ou em um fórum para uma audiência de chinelos; os que têm fome e sede de justiça.

VIDA. Embora Marielle e tantas outras e tantos outros já não estão fisicamente entre nós, sua memória, sua luta, seu ideal de justiça, sua defesa dos menos favorecidos e sua história permanecem vivos e aflorados. A defesa da vida, independentemente de etnia, sexo, preferências, credo, histórico pessoal, aliada à história de uma lutadora incansável que nos deixou pelo arbítrio daqueles que querem se perpetuar sem serem incomodados, mais do que nunca se tornou tão urgente.

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Não podemos permitir que nos calem. Não podemos permitir que nos destruam. Não podemos permitir que acabem com o nosso país. Não podemos permitir que a elite do atraso continue atrasando nossas vidas. Não podemos permitir que, para que alguns tenham privilégio, milhões devam sucumbir na miséria e indignidade. Não podemos permitir o ódio e o fascismo. Não podemos permitir o fim da esperança. Por fim, não podemos permitir o arbítrio e a prisão do Lula.

Marielle morreu, mas seu ideal, sua luta vive!

Às ruas!

À luta!

À vitória!

#MarielleFranco Presente.

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