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Leandro Fortes

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Na cabecinha

"Witzel pensa e age como psicopata, com orgulho e sem constrangimento", escreve Leandro Fortes, do Jornalistas pela Democracia, após o governador do Rio comemorar o abatimento de um criminoso. A morte do sequestrador "foi rapidamente capturada pelo aparato de propaganda fascista" do governante, afirma. "Sinal de que, daquela cabecinha, muito de ruim ainda há de vir"

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Por Leandro Fortes, do Jornalistas pela Democracia

Torcer pela morte de um sequestrador é como apoiar o combate à pedofilia: simples, fácil e natural. Portanto, me pareceu óbvia e correta a ação da polícia carioca ao matar um louco armado que, na ponte Rio-Niterói, ameaçava fuzilar e incendiar mais de vinte reféns.

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Há nessa narrativa, contudo, um entorno cada vez mais preocupante, sobretudo depois da cena patética (mais uma) protagonizada pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, comemorando a execução do sequestrador como uma criança que acaba de ganhar o seu primeiro PlayStation.

Witzel pensa e age como psicopata, com orgulho e sem constrangimento. O faz com respaldo significativo dos eleitores fluminenses, a reboque da sociedade carioca, resultado de uma chocante união de interesses entre uma classe média burra e apavorada, na zona sul, e um lumpesinato imbecilizado pelas igrejas evangélicas, na zona norte, nos morros e nos subúrbios.

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Witzel repete, como um louco motivado, uma cantilena assassina que se resume a autorizar policiais a, sempre que possível, mirar e atirar “na cabecinha” de bandidos identificados por ele. Mas apenas em comunidades pobres e deflagradas habitadas, quase totalmente, por homens, mulheres e crianças negras. Nessa toada, já foram mais de 800 homicídios cometidos por policiais, apenas nos primeiros seis meses de 2019.

A morte do sequestrador, repito, uma ação policial correta e necessária, foi rapidamente capturada pelo aparato de propaganda fascista do governador. Não à toa, ele mesmo fez questão de aparecer diante do mundo agarrado aos policiais do Bope, como uma macaca de auditório descontrolada, dando pulos de alegria pela morte de um homem.

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Sinal de que, daquela cabecinha, muito de ruim ainda há de vir.

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