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Ricardo Mezavila

Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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Na pandemia, militares mancham suas mãos e línguas com sangue

O presidente e seus ministros militares e civis são coveiros da saúde pública, se comportam de maneira negacionista, inepta, incompetente, perversa e alheia às necessidades da população diante da maior pandemia da história

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O governo de Jair Bolsonaro é militarizado, mas não é um governo militar, apesar da forte presença reacionária, das ameaças, da apologia à tortura e do discurso autoritário do presidente e alguns de seus ministros. 

Em conversa com seus apoiadores, o presidente disse que as Forças Armadas decidem se o povo vive em uma democracia ou em uma ditadura, retomando a polêmica sobre o papel dos militares em seu governo. 

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Em toda a sua vida política, Bolsonaro nunca escondeu que seu desejo é instalar uma ditadura sangrenta no Brasil: “Através do voto você não vai mudar nada nesse país... só com uma guerra civil com pelo menos trinta mil mortes... vão morrer inocentes, tudo bem, tudo quanto é guerra morre inocentes”. 

Para as Forças Armadas articularem um golpe seria preciso apoio popular, da mídia, dos EUA e, principal, um projeto para o país. Não há clima, os militares não se aventurariam em uma jornada dessas sem apoio e sem projeto.  

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Caso resolvessem assim mesmo, o Brasil ficaria mais isolado do que está, em miséria extrema e as ruas seriam como no Haiti do início do século. Por isso não acredito em golpe, no máximo vão reagir às críticas, como fez o general do Centro de Comunicação Social do Exército em razão do artigo da Revista Época: “Na pandemia, Exército volta a matar brasileiros.” - inspiração deste. 

Os fatos mostram que o artigo se refere, por exemplo, ao general especializado em logística e ministro da saúde, Eduardo Pazuello, que vem se destacando negativamente durante a pandemia. Humilhado várias vezes por Bolsonaro, o general vem conduzindo a distribuição das vacinas para os estados de maneira atabalhoada, apesar de toda a sua especialização. 

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Aliás, Pazuello era chefe do depósito do exército no Rio, quando houve desvio de munição para venda no mercado paralelo. É esse o padrão do especialista em logística que defende tratamento precoce para Covid? 

A marca deste governo é o descompromisso, como esclarece o documento da Advocacia Geral da União - AGU, enviado ao Supremo Tribunal Federal – STF, revelando que o ministério da saúde sabia do iminente colapso do sistema de saúde no Amazonas 10 dias antes da crise. 

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O presidente e seus ministros militares e civis são coveiros da saúde pública, se comportam de maneira negacionista, inepta, incompetente, perversa e alheia às necessidades da população diante da maior pandemia da história.  

Com declarações doentias e constantes ameaças, como as que vem recebendo infectologistas que se negaram a receitar cloroquina, os militares do governo mancham com sangue suas mãos e línguas, os tornando moralmente e de fato, responsáveis pelas mais de duzentas e dez mil mortes até aqui. 

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