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Lívio Silva

Mestrando em Direitos Humanos, Especialista em Direito Internacional e em MBA Jornalismo Digital

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Não é só neoliberalismo, é Neocolonialismo

No que diz respeito às estratégias de dominação, lembremos que os Estados Unidos são uma nação que sempre usou a guerra ou a ameaça da mesma como suporte para seu plano imperialista e que a ascensão da economia chinesa no mundo é uma ameaça antiga à hegemonia do império norte-americano, que por mais que ele tenha tentado sufocar, não obteve sucesso.

Trump é da turma (Foto: MIKE SEGAR)
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Já comentei em artigos anteriores que os Estados Unidos são a maior contradição na aplicação dos Direitos Humanos, o mais perfeito exemplo de paradoxo democrático, vez que ao mesmo tempo que é o país que serviu de base para o conceito de Democracia atual, sobretudo em sua influência para o Constitucionalismo e a Democracia brasileiros, é também o maior violador dos Direitos Humanos no mundo, tanto diretamente, como indiretamente, ao manipular governos e apoiar golpes de Estado ao redor do mundo.

Por baixo de todo esse paradoxo dos EUA, há uma forte inclinação para uma política expansionista em larga escala, praticada durante décadas, atravessando todo o século XX e início do século XXI, caracterizando-os como um verdadeiro império em busca da total hegemonia político-tecnológica e econômica ao redor do mundo, o que demonstra seu caráter imperialista.

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Há duas premissas básicas que dão suporte à existência de um império norte-americano, a Teoria do “Destino Manifesto”, a partir da qual os EUA seriam o povo enviado por Deus para comandar o mundo e a “Doutrina Monroe”, que prega a América para os americanos, a qual surge sob a desculpa dos EUA servirem como uma espécie de guardião do continente contra a intervenção dos países europeus na América, mas na verdade é uma estratégia de delimitação de território de influência.

Antes de continuarmos é preciso passar por dois conceitos, o de colonialismo, que está associado ao capitalismo mercantil, característica dos regimes absolutistas, que buscavam uma dominação completa de territórios para a pura e simples exploração de riquezas naturais, e o de imperialismo, que é fruto da revolução industrial, onde os países industrializados exerciam influência sobre países agrários com o objetivo tanto de obter matéria-prima para os produtos industrializados, como para formar mercado de consumo para os mesmos, por isso os chefes de Estado desses países submissos a outros detêm parcela de seu poder local. Para a maioria dos especialistas, imperialismo e neocolonialismo são sinônimos.

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Nos tempos atuais, estamos assistindo a uma busca sem limites dos Estados Unidos por dominarem toda a América Latina, diante de que, por meio de apoio a golpes de Estado em vários países, inclusive o Brasil, como sabemos, buscam domínio sobre os recursos naturais dos mesmos, a fim de se prepararem para enfrentar o avanço da China e da Rússia na economia mundial.

Com a resistência de alguns países aos governantes ilegítimos apoiados pelo império norte-americano, este começa a querer endurecer a sua política intervencionista, pois sente que seu plano não está surtindo o efeito que esperava. É só vermos a recente visita de um agente da CIA disfarçado como conselheiro da embaixada americana ao TRF4, mas ainda que ele seja o diz ser, conselheiro para assuntos políticos, tal visita por si só já demonstra a intenção de intervir na soberania nacional brasileira.

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Por outro lado, embora muitos afirmem e os indícios demonstrem que todo o processo de intervenção norte-americana em nosso país iniciado pela operação lava jato tenha recebido grande apoio de instituições financeiras e incida violentamente sobre a economia brasileira, instituindo a implantação de uma política neoliberal, há também fortes indícios de que não é apenas isso. 

Tudo parece mesmo se tratar da implantação de um processo de colonização do nosso país, diante das práticas entreguistas do governo de ocupação que se encontra no Planalto, pois vemos a crescente desindustrialização do nosso país e a dilapidação sem freios do patrimônio nacional, mediante a entrega de mão beijada para os Estados Unidos. Tomemos como exemplo a entrega da EMBRAER e da BR Distribuidora, esta entregue ao controle de empresas internacionais, além do incentivo do governo Bolsonaro às queimadas na Amazônia e à invasão de terras indígenas para facilitar a extração de minerais, entre outras práticas. Tudo isso demonstra a intenção colonialista norte-americana de acabar com o Estado brasileiro, sugando todos os seus recursos naturais por meio de seu lacaio que ocupa a cadeira do Planalto

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No que diz respeito às estratégias de dominação, lembremos que os Estados Unidos são uma nação que sempre usou a guerra ou a ameaça da mesma como suporte para seu plano imperialista e que a ascensão da economia chinesa no mundo é uma ameaça antiga à hegemonia do império norte-americano, que por mais que ele tenha tentado sufocar, não obteve sucesso.

Nesse exato momento podemos estar diante de uma preparação para invasões militares norte-americanas em países latino-americanos, haja vista o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, ter declarado recentemente a possibilidade de Washington intervir nos países da América Latina onde a população se rebelou contra os regimes fantoches, apoiados pelos EUA. As tropas que podem ir ao Chile podem dar um pulinho mais acima na Bolívia, depois no Equador e quem sabe um pouco mais acima, na Venezuela, pra não perderem a viagem.

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Será coincidência que na mesma semana dessa declaração o suposto conselheiro da embaixada americana tenha visitado o TRF4 declarando apoio à lava jato? Posso estar enganado, mas tudo indica que o processo de colonização de nosso país pelos norte-americanos pode estar começando a evoluir para um estágio mais avançado.

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