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Aloizio Mercadante

Aloizio Mercadante é economista, professor licenciado da PUC-SP e Unicamp, foi Deputado Federal e Senador pelo PT (SP), Ministro Chefe da Casa Civil, Ministro da Educação e Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação

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Não é só uma eleição

Lula representa 'o combate à fome, ao desemprego, justiça social, soberania, desenvolvimento sustentável e democracia', escreve o colunista Aloizio Mercadante

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento (Foto: Ricardo Stuckert)
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Não é só uma eleição. Em outubro, o Brasil estará diante de uma encruzilhada histórica e a derrota do autoritarismo e de todos os valores primitivos que Bolsonaro expressa passa não só pela unificação da esquerda, mas também pela construção de uma ampla frente democrática e pela força da mobilização popular. Bolsonaro segue ameaçando o STF, o TCU, questionando as urnas e fomentando um clima de confronto para não reconhecer a provável derrota eleitoral que se aproxima.

A polarização está consolidada e Lula voltou a percorrer o Brasil. O primeiro ato foi simbólico e marcou o retorno do ex-presidente a Curitiba, onde ficou preso injustamente por 580 dias, para a filiação do ex-governador Roberto Requião ao Partido dos Trabalhadores. Também no Paraná, ele visitou um acampamento do MST, onde foi recebido nos braços da militância.

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No Rio de Janeiro, Lula cumpriu uma agenda de estadista tendo se encontrado com importantes lideranças da América Latina e da Espanha. Ele recebeu o apoio entusiasmado do ex-primeiro-ministro José Luiz Rodriguez Zapatero, que é reconhecidamente um importante líder da social-democracia europeia.

Lula também se encontrou com a vice-presidenta da Espanha e ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, que liderou a negociação tripartite e a aprovação da revisão da reforma trabalhista na Espanha. Ela é hoje a política mais popular daquele país e discutiu com Lula o impacto da nova legislação trabalhista.

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Ele recebeu ainda o apoio do ex-secretário da Unasul Ernesto Samper — também ex-presidente da Colômbia —, além do presidente da Argentina, Alberto Fernández. Lula também foi saudado pelo ex-presidente Rafael Correa (Equador), em um seminário sobre democracia e desigualdade na América Latina.

Ainda na capital fluminense, Lula cumpriu uma agenda cultural intensa e encontrou artistas do país, como Martinho da Vila, Chico Buarque, Zeca Pagodinho, Lenine, Paulinho da Viola e outros. A visita ao Rio foi coroada com um show na Mangueira, em que Chico Buarque levantou uma toalha com o rosto de Lula e o teatro Vivo Rio cantou “Olé, olé, olé olá... Lula, Lula”, com uma energia espontânea da militância impressionante.

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Merece destaque ainda a participação de Lula no festival de comemoração de 100 anos do PCdoB com dirigentes históricos da esquerda. Lula é visto como a grande liderança popular do país e a esperança do país.  

Na Bahia, Lula esteve em mais um ato forte no lançamento da candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) ao governo e para a consolidação de uma aliança de mais sete partidos no estado. Com esse movimento, Lula começa sua caminhada pelo Brasil, mobilizando e dando energia à militância e ampliando alianças na defesa da democracia.

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Enquanto isso, a chamada terceira via desmorona. Sergio Moro, que foi apresentado como a grande candidatura da mídia comercial, não conseguiu montar um único palanque. Ele fez uma viagem pífia à Europa, não apresentou qualquer projeto e terminou traindo o Podemos, que o acolheu ao se filiar de forma completamente isolada e patética em um novo partido.

Um juiz suspeito, totalmente desmoralizado na Justiça e agora na política, sendo obrigado a mudar o domicílio eleitoral de forma humilhante para uma candidatura ao Congresso Nacional, em busca da imunidade parlamentar.

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O outro nome da terceira via, João Doria, em um ato de desespero, ameaçou sair do PSDB para tentar impor ao partido uma candidatura atolada nos 2%. Nenhum líder e nenhum dirigente, com exceção do presidente do partido, se posicionaram ao lado de Doria. Isso mostra o isolamento dele no próprio partido.

Já Eduardo Leite abandona a reeleição e fica no partido em que foi derrotado nas prévias, orientado por Aécio Neves. O ex-governador de Minas segue tentando outro golpe, agora no próprio PSDB. Por fim, Ciro Gomes termina sem aliança e nenhuma capacidade de articulação, em voo de galinha.

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No outro extremo, Bolsonaro vive imenso desgaste. As reações dos artistas à tentativa de censurar o festival Lollapalooza tornaram o evento uma concentração massiva de jovens a céu aberto gritando “Fora Bolsonaro” e “Lula lá”. Isso mostra que a mobilização espontânea e a força das ruas avançam muito forte na defesa de Lula. Além disso, na semana que marca a data do Golpe de 1964, Bolsonaro e seu provável vice voltam a defender a ditadura, com uma ameaça velada ao STF, ao TCU e ao estado democrático de direito.

Daí porque insistimos que a disputa eleitoral segue marcada pelo desmoronamento da terceira via e pelo fracasso do seu antibolsonarismo tardio. A polarização está consolidada. Bolsonaro está esgotando os gigantescos recursos fiscais que despejou para tentar reverter sua derrota ante Lula.

O problema dele é que a inflação segue elevada, o custo de vida está corroendo a renda dos mais pobres, os juros altos jogaram 30% da população na inadimplência. Como se não bastasse, a pobreza, o desemprego e a fome por toda parte seguem impedindo que o ex-capitão consiga avançar no eleitorado.

Enquanto isso, Lula segue vencendo todos os candidatos em qualquer cenário. É ele quem mobiliza o país, consolidando a aliança de esquerda, ampliando seu apoio ao centro e fortalecendo uma candidatura que moverá o pêndulo da história para reconstruir o país, com o combate à fome e ao desemprego, com justiça social, soberania, desenvolvimento sustentável e a defesa incondicional da democracia.

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