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Florestan Fernandes jr

Florestan Fernandes Júnior é jornalista, escritor e integrante do Jornalistas pela Democracia

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No pasarán!

Se os democratas não se mobilizarem em defesa do Estado Democrático de Direito, "o Brasil será transformado num pária no mundo", escreve Florestan Fernandes Jr., do Jornalistas pela Democracia. Quem defende o obscurantismo, diz ele, teme que seus filhos sintam-se "inclinados a pensar e olhar a realidade pelas lentes daqueles que tentam combater, calando-os"

(Foto: Marcos Oliveira)
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Por Florestan Fernandes Jr., do Jornalistas pela Democracia

É chegada a hora de os democratas agirem enquanto há tempo. Se não se mobilizarem já em defesa do Estado Democrático de Direito, em breve o Brasil será transformado num pária no mundo. Uma enorme republiqueta povoada por miseráveis disputando um prato de comida, e por uma elite perversa e ignorante desprovida de qualquer compromisso com os principio básicos de humanidade e cidadania. Dados do IBGE comprovam a pauperização do país. Hoje mais de 100 milhões de brasileiros estão vivendo com apenas R$13,76 por dia. O desemprego é enorme, o fosso da desigualdade não para de aumentar. 

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A pobreza e a fome estão por todos os lados. E nessa crise profunda o assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Republica, general Eduardo Villas Bôas ameaçou atropelar a Constituição, caso o Supremo faça valer a Constituição. Essa ameaça é inadmissível. Como é inadmissível a relação da família Bolsonaro com milicianos do Rio de Janeiro. Inadmissível também são os cortes na Cultura e o ataque à atriz Fernanda Montenegro feito pelo diretor da Funarte, o bolsonarista Roberto Alvim. Inadmissível, general, é preservar os militares da reforma previdenciária que penaliza os trabalhadores mais pobres. Inadmissível é o contingenciamento de recursos da Saúde e da Educação. Inadmissível é a imposição de ideologias e práticas incompatíveis com o bom ensino de nossos jovens, com o fim das disciplinas de Ciências Humanas do currículo do Ensino Médio, que garantiriam uma visão mais ampla da realidade, da diversidade de comportamentos e culturas e dos processos sociais que marcaram a história da Humanidade. 

Mais do que nunca é preciso impedir o avanço do fascismo em todas as suas frentes.  

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No dia 22 de outubro, em Belo Horizonte, professores, estudantes e pais e mães de alunos farão a parte deles em um ato pela liberdade de ensino nos colégios Santo Agostinho e Loyola.  As duas instituições, a pedido de pais de extrema-direita, anularam recentemente uma prova de português que utilizou um texto do ator e escritor Gregório Duvivier. No texto, Gregório fazia criticas ao afrouxamento das políticas de proteção às populações indígenas e quilombolas; à liberação de agrotóxicos considerados perigosos em muitos países do mundo e à contestação de dados científicos sobre o desmatamento na Amazônia.   

Bom lembrar que, em novembro do ano passado, cerca de 500 pais assinaram petição contra ação do Ministério Público de Minas Gerais, questionando a suposta inclusão de temas de ideologia de gênero no currículo das duas escolas confessionais que pertencem aos jesuítas,  mesma congregação do Papa Francisco. 

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O que salta aos olhos diante desse levante do obscurantismo é a própria insegurança daqueles que defendem tal visão estreita e fundamentalista do mundo. Estivessem realmente convictos da força de seus argumentos, não se importariam em contrapô-los a outras visões de mundo diversas. Temem, na verdade, que seus filhos sintam-se muito mais inclinados a pensar e olhar a realidade pelas lentes daqueles que tentam combater, calando-os. É a fraqueza que se esconde e se escuda na truculência. No pasarán!

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