Nosso boné nunca será vermelho
Bolsonaristas exaltam Trump com bonés vermelhos enquanto atacam a democracia e pregam um falso patriotismo
Nos últimos anos, os bonés se tornaram mais do que simples acessórios de moda; emergiram como símbolos poderosos de identidade política, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.
Na reunião ministerial de ontem, o presidente Lula e seus ministros apareceram usando bonés azuis com a frase “O Brasil é dos brasileiros”.
Essa ação foi uma estratégia de comunicação política, em resposta aos bonés vermelhos inspirados no “Make America Great Again” (MAGA) usados pela direita bolsonarista, reforçando uma narrativa de soberania nacional em meio às tensões com ameaças protecionistas de Donald Trump.
Essa escolha de cores e mensagens é contraditória em relação às associações históricas de cada espectro político. A escolha do vermelho pelos bolsonaristas é uma contradição gritante.
Eles bradam “Nossa bandeira nunca será vermelha” nas redes e nas ruas, mas desfilam com bonés vermelhos que idolatram Trump, um líder que ameaça a economia brasileira com tarifas de 50% sobre nossos produtos.
Que patriotismo é esse que se curva a um estrangeiro enquanto ataca as instituições democráticas do próprio país?
No passado, os golpistas foram anistiados e tiveram tempo de se organizar para atentar novamente contra a democracia.
Que essa lição tenha sido suficiente para que os golpistas de hoje paguem com a privação de liberdade por tudo o que fizeram de prejudicial à economia, cultura, educação, diplomacia, saúde e relações humanas, em todos os níveis.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

