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Novas e jovens candidaturas ocupam vácuo político e animam esfera pública para 2018

Tanto Manuela quanto Boulos podem animar a esfera pública e o debate político no Brasil com a apresentação de novas narrativas que superem o crescente discurso conservador. Ademais, a simples presença desses nomes na corrida eleitoral pode contribuir para inserir temas invisibilizados na agenda política

12/08/2016 - PORTO ALEGRE, RS - Entrevista com Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST, no Demhab. Foto: Guilherme Santos/Sul21 (Foto: Theófilo Rodrigues)
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O iminiente impedimento legal da candidatura de Lula pelo TRF-4 somado à reforma política - cláusula de barreira e, futuramente, o fim das coligações – sugere que a eleição presidencial de 2018 será uma das mais disputadas do período pós-88, algo semelhante com a de 1989.

Candidatos já testados no passado - Ciro Gomes, Marina Silva e Geraldo Alckmin - e outros calouros - Dória, Álvaro Dias e Bolsonaro - já apresentaram-se para a disputa. Desenvolvimentismo, neoliberalismo, conservadorismo e autoritarismo são algumas das tintas que dão cor aos programas apresentados por esses candidatos. Nada, portanto, de muito novo...

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Há, no entanto, um certo vácuo político ainda não plenamente preenchido para a corrida eleitoral do ano que vem. Esse espaço que falta ser ocupado é o de uma candidatura de centro-esquerda que saiba aliar as demandas dos novos movimentos sociais – contra o machismo, contra o racismo, contra o sexismo e em defesa do meio ambiente – com as velhas lutas sindicais por mais empregos, valorização salarial, ampliação dos direitos trabalhistas, redistribuição tributária, redução da probreza etc...

Esse tipo de agenda, que Laclau e Mouffe chamam de "democracia radical" e que Nancy Fraser define como "redistribuição e reconhecimento", tem seu espaço no eleitorado urbano brasileiro. Mas esse mesmo eleitorado ainda não encontrou entre as candidaturas disponíveis um nome que possa representa-lo. Pelo menos não até o último domingo...

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O PCdoB anunciou oficialmente no domingo, 05/11, o lançamento da candidatura da jovem gaúcha Manuela D´Ávila como candidata presidencial pelo partido em 2018. O anúncio foi considerado histórico, pois trata-se da primeira vez que os comunistas terão um nome na disputa presidencial do país desde a redemocratização.

Embora muito jovem, com apenas 36 anos, Manuela possui longa trajetória política desde o movimento estudantil, tendo sido líder da bancada do partido na Câmara dos Deputados. Não se trata, portanto, de uma aventura, mas de alguem com capacidade de vocalizar as linhas programáticas do partido com destreza. Carismática e com intensa atuação nas redes sociais entre os mais jovens, Manuela alia em seu discurso a defesa do desenvolvimento econômico, com o desenvolvimento social e democrático. Reforma política, reforma tributária, reforma agrária, reforma urbana e reforma da mídia são alguns tópicos do léxico da jovem candidata. O estímulo aos processos decisórios mais participativos e deliberativos também constitui sua gramática política.

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Mas não é apenas Manuela a possível novidade. Caso seja candidato pelo PSOL, como deseja uma grande parte da militância partidária, o líder do MTST, Guilherme Boulos, também pode navegar em meio a esse mesmo vácuo político. Boulos tem a mesma idade da comunista e comunga de uma agenda política muito semelhante.

Tanto Manuela quanto Boulos podem animar a esfera pública e o debate político no Brasil com a apresentação de novas narrativas que superem o crescente discurso conservador. Ademais, a simples presença desses nomes na corrida eleitoral pode contribuir para inserir temas invisibilizados na agenda política. Candidaturas novas como essas não são apenas alvissareiras, mas necessárias.

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