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Ricardo Kotscho

Ricardo Kotscho é jornalista e integra o Jornalistas pela Democracia. Recebeu quatro vezes o Prêmio Esso de Jornalismo e é autor de vários livros.

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Novas revelações: golpe da Lava Jato com a Globo criou o Brasil de Bolsonaro

"16 de março de 2016: nesse dia, em operação conjunta da Lava Jato de Moro & Dallagnol com a maior emissora de TV do país, consumou-se o golpe contra as instituições que, ao final, acabaria levando Jair Bolsonaro ao poder", lembra o jornalista Ricardo Kotscho, do Jornalistas Pela Democracia. "O estrago está feito e vai levar muito tempo para o Brasil se colocar de pé novamente", adverte

(Foto: Mídia Ninja)
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Foi tudo uma grande farsa, sabemos agora, tramada pelos milicianos da Lava Jato com a Globo, para derrubar o governo do PT e prender Lula. 

No atropelo às leis e à Constituição, para liberar logo as conversas grampeadas dos celulares de Dilma e Lula, Moro levantou o sigilo às 16h19 e, às 18h32, a GloboNews já estava no ar, ao vivo, com um repórter plantado na Polícia Federal de Curitiba, provocando uma comoção nacional.

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16 de março de 2016: nesse dia, em operação conjunta da Lava Jato de Moro & Dallagnol com a maior emissora de TV do país, consumou-se o golpe contra as instituições que, ao final, acabaria levando Jair Bolsonaro ao poder.

Me lembro muito bem de tudo porque era dia do meu aniversário, triste coincidência.

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Milhares de pessoas brotaram de uma hora para outra em frente ao Palácio do Planalto e na avenida Paulista para comemorar a queda do governo do PT, que só seria consumada meses depois.

A cereja do bolo foi a prisão de Lula, já em plena campanha eleitoral do ano passado.

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Era isso que a Lava Jato queria desde o início, como provam as novas revelações feitas pelo The Intercept e publicadas neste domingo na Folha: o apoio popular, insuflado pela TV ao vivo, para confrontar o Supremo Tribunal Federal e impedir a posse de Lula como ministro da Casa Civil de Dilma.

Os diálogos frenéticos entre procuradores da Lava Jato em Curitiba, no mesmo nível de milicianos preparando o próximo ataque, com Sergio Moro na retaguarda comandando tudo, apenas confirmam todas as suspeitas de respeitados juristas daqui e de fora: Lula e o PT foram vítimas de crimes praticados em nome do combate à corrupção.

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É por isso que o STF adia indefinidamente o julgamento das ações impetradas pela defesa de Lula contra Moro e seus comparsas da PGR.

Nas voltas que a vida dá, Gilmar Mendes, que assinou a sentença impedindo Lula de tomar posse no ministério, agora é o principal crítico dos desmandos da República de Curitiba.

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Vai dizer que foi enganado pelo juiz de primeira instância que armou toda a operação ilegal?

No palanque montado por Bolsonaro no desfile deste 7 de setembro em Brasília, ele se cercou dos donos do SBT e da Record, os principais concorrentes da Globo, que agora o presidente trata como inimiga de morte.

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Sem Lava Jato e Globo, não existiria Jair Bolsonaro presidente da República.

Se o STF tivesse coibido a tempo a grande farsa armada por Sergio Moro em Curitiba, o Brasil não veria o Estado de Direito ameaçado e o país humilhado mundialmente por um bando de celerados civis, togados e fardados.

Se a imprensa tivesse cumprido seu papel a tempo, em vez de servir apenas como porta-voz e assistente de acusação da Lava Jato contra o PT, o país não teria passado vergonha neste triste Dia da Independência.

Mas “se” não existe, não faz a história retroceder.

O estrago está feito e vai levar muito tempo para o Brasil se colocar de pé novamente.

A cada nova denúncia do modus operandi criminoso revelado pelos diálogos dos procuradores da Lava Jato, em linguagem chula e debochada, mais as instituições nacionais são desmoralizadas.

Basta olhar para a foto do palanque presidencial, com aqueles personagens de fancaria saídos de alguma tumba imemorial, para se ver o ponto de degradação a que chegou nosso país.

Bolsonaro um dia passa, mas a estupidez e a grosseria do bolsonarismo vieram para ficar.

A elite brasileira aplaude, vendo o país se consumir em chamas, falências e desemprego.

E o povo bestificado a tudo assiste impavidamente.

Saudades do Brasil…

Vida que segue.

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