O 25 de Abril

Cravos nas mãos, nos cabelos, cravos estampados nas roupas, bordados nos vestidos... 

 Amigos nossos de Lisboa, hoje, celebram o 25 de Abril de 1974, aos quarenta e nove anos da Revolução dos Cravos. 

Essa manifestação anual portuguesa acontece serena, sem polícia nem desordem, enquanto a multidão desce a avenida lisboeta aos cantos, bordões e poesias. Manifestação popular ainda mais emblemática e necessária, nessa hora em que a besta fascista arreganha dentes e afia garras em posição de ataque nos quatro cantos da Terra. 

Essa coisa monstruosa vem, multiplicando feridas de ódio e ressentimento, cuspindo a bílis do preconceito, disseminando os sentimentos humanos mais repulsivos, em sua determinação insana de afrontar os pequenos, os fracos, os diferentes; de atropelar a democracia, a liberdade, a justiça social, os princípios civilizatórios; em sua ânsia descontrolada pelo poder autoritário, privilegiando corporações sem alma, indivíduos sem valores, numa utilização espúria de um avanço tecnológico, a internet, na contramão dos sonhos e desejos de harmonia da Humanidade.

 Precisamos ser unidos, lúcidos, fortes e determinados, mais do que nunca e do que sempre.

 Disso depende a sobrevivência da civilização e da própria espécie. 

 Um bom 25 de Abril para o mundo!