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Ricardo Mezavila

Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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O antipetismo não pode ser maior do que a vontade de viver

Com a presença de um Lula conciliador nas pautas dos jornalões e nos noticiários da TV, apesar dos comentários enviesados, pode ser que o antipetismo perca força e a sociedade, enfim, perceba que a melhor alternativa é viver

Com Lula oficialmente no páreo, o quadro da disputa presidencial começa a ser redesenhado. Na verdade não chega a ser um retrato novo, mas uma carga maior de tinta nos velhos traços conservadores. 

A imprensa vem tratando a possível candidatura de Lula como sempre, com ironias, ameaças veladas e distorções da história. Como fez a Folha de São Paulo ao comparar a frase de Romero Jucá de 2016: “Estancar a sangria, com o Supremo, com tudo”, com a atual situação jurídica de Lula. 

A imprensa continua fazendo o papel de enganar a opinião pública. Na Globo News sempre aparece um comentarista cobrando autocrítica do PT, como se o PT precisasse negociar, Ad infinitum, sua imagem com a sociedade, como se não houvesse estatísticas para provar os benefícios e a prosperidade nos governos Lula e Dilma.  

Todas essas manobras visam impedir que Lula dispare nas pesquisa, que se construa o conceito na população de que foi injustiçado, e que somente ele reúne as condições necessárias para tirar o país da crise. 

Enquanto Lula cresce, o presidente Bolsonaro cai nas pesquisas de intenção de voto e cresce em rejeição. Em live usou de baixaria ao ler a carta de um suposto suicida que cometeu o ato por conta do lockdown, Eduardo Bolsonaro expôs o corpo nas redes. 

Enquanto isso as mortes por Covid-19 assustam a cada dia, o Brasil responde por 23% das mortes no mundo, o Ministério da Saúde é ineficiente e incapaz de dar uma resposta efetiva de combate à pandemia, o Ministro da Economia é um catador que vende papéis no mercado, a democracia sofre constantes ameaças e uma ruptura institucional é cada vez mais possível. 

Com a presença de um Lula conciliador nas pautas dos jornalões e nos noticiários da TV, apesar dos comentários enviesados, pode ser que o antipetismo perca força e a sociedade, enfim, perceba que a melhor alternativa é viver. 

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.