O bolsonarismo caminha para o fim
Mesmo resistente, o bolsonarismo perde força e tende a se tornar irrelevante nas disputas presidenciais
É ilusório imaginar que o bolsonarismo sumirá totalmente.
Sempre representará uma parcela considerável da população.
Sempre haverá gente fascista, reacionária, alienada, para defendê-lo.
Sempre haverá militares que, ignorando que Jair Messias Bolsonaro foi convidado a se retirar do Exército, o apoiarão.
Sempre haverá evangélicos que acreditarão no “discurso furado” de Deus, pátria e família.
Sempre haverá gente que apelará ao total desatino, às falácias vazias, ao discurso (e não só ao discurso...) ignorante e agressivo.
Contudo, o bolsonarismo está em queda.
Isso é inegável.
Bolsonaristas já foram um terço da população – algo ignominioso.
Depois, passaram a ser cerca de 30% da população.
Agora, já estão próximos a 25% da população.
Continuarão caindo e se desidratarão, como as manifestações de domingo passado deixaram bem claro.
Contudo, possivelmente nunca serão menos do que 20% da população.
Com Jair Messias Bolsonaro, ou não.
Bolsonaro morrerá politicamente; o bolsonarismo, infelizmente, não.
Tarcísio de Freitas, Pablo Marçal, Michelle Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Ratinho Júnior e até Ciro Gomes, dentre outros, buscarão o espólio.
Mas, se essa gente nunca será menos do que 20% da população, também não será muito mais do que isso.
E, assim, o bolsonarismo deixará de ser competitivo eleitoralmente.
Ao menos no que diz respeito a eleições para presidente da República.
O bolsonarismo está enterrado!
Para o bem e felicidade geral da Nação!
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

