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Marlon Marques

Mestre em História Social Pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Membro do Laboratório de Economia e História (Lehi) e do Núcleo de Estudos sobre Capitalismo, Poder e Lutas Sociais (Necap)

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O Brasil é o país do futuro

Em outras capitais os leitos findam rapidamente e o número de infectados cresce de maneira galopante. Nada de começar a vacinação, todos pedem um pouco de calma. O teatro da normalidade está mantido, nesse domingo temos ENEM. Ainda bem que sabemos desde pequeno que o Brasil é o país do futuro.

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Já é um clichê entre economistas de várias estirpes a frase: país que não investe em ciência tem pouco futuro. No mundo globalizado, hiperconectado e que atravessa a revolução 4.0 a produção da mais-valia depende de uma teia de relações complexas que envolve sobretudo conhecimento e inovação. É como diz Klaus Schwab um dos fundadores do Fórum Econômico Mundial: "essa revolução tecnológica irá transformar fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos".

A distopia criada pela COVID-19 acelerou o processo de mudanças. Bolsas do mundo inteiro são operadas por meio de inteligência artificial, o e-commerce é tendência e desponta no mesmo patamar que as gigantescas estruturas de shoppings centers. As criptomoedas continuam seu processo de ascensão e só o bitcoin registrou em dezembro passado valorização de 276% frente ao dólar. Toda essa mudança na infraestrutura econômica está acompanhada de uma transformação ainda mais acelerada no campo da biomedicina, área em que os pesquisadores apresentaram resultados surpreendentemente rápidos na descoberta de vacinas eficazes no combate ao coronavírus. 

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Porém, ainda que diante dessa grande janela do futuro, nada parece despertar os brasileiros do pesadelo atordoante que nos governa. O presidente nega nossas tradições, nos isola do planeta, afoga seus cidadãos na ignorância, aposta suas fichas contra a ciência, rivaliza com intelectuais e com o próprio conhecimento. Enquanto isso, a pandemia castiga o povo, são mais de 200 mil vidas perdidas e o Ministro da Saúde faz de tudo para matar mais. 

A maior crise humanitária de nossa década é encarada por quem nos dirige com deboche e escárnio. Nada parece suficiente para frear esse comportamento e, ao que tudo indica, temos no planalto uma gente nefasta e dotada de alto grau de psicopatia, mas isso eu deixo o diagnóstico para os especialistas em saúde mental. Estamos longe de superarmos a calamidade sanitária e parecemos ainda mais distantes de vencermos a crise econômica. A fome e a miséria se alastram desenfreadamente, ao mesmo tempo a alta no preço dos alimentos é a maior desde 2002 e o desemprego já atinge 1 em cada 4 famílias. 

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Cenas horríveis começaram a chegar de Manaus nessa semana, falta o básico: oxigênio. Em outras capitais os leitos findam rapidamente e o número de infectados cresce de maneira galopante. Nada de começar a vacinação, todos pedem um pouco de calma. O teatro da normalidade está mantido, nesse domingo temos ENEM. Ainda bem que sabemos desde pequeno que o Brasil é o país do futuro. 

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