O Brasil não é quintal de ninguém
A escumalha bolsonarista escolheu os grilhões da subserviência. Nós escolhemos a lei para os criminosos e a soberania para o povo
A justiça, lentamente, alcança os responsáveis pelo maior ataque à democracia brasileira desde a ditadura. Em resposta, Bolsonaro cunhou o termo Suprema Humilhação. É o espetáculo da vitimização, peça central da máquina de propaganda bolsonarista.
Bolsonaro e seu clã recorreram a um recurso inédito na história recente: solicitar intervenção estrangeira para sabotar seu próprio país em troca de anistia. A carta de Donald Trump não é mera solidariedade. É a arma de uma potência estrangeira contra a autodeterminação brasileira.
A magnitude dessa agressão nos remete à Segunda Guerra Mundial, quando submarinos nazistas torpedearam navios mercantes brasileiros no Atlântico, assassinando mais de mil civis. Hoje, os torpedos são políticos, mas o alvo é o mesmo: a soberania nacional. A diferença é que, naquela época, enfrentávamos inimigos externos declarados; agora, combatemos traidores internos que tramam com o invasor.
Depois de tentar rasgar a Constituição, o bolsonarismo abraçou o colonialismo do século XXI, aliando-se a uma força que já não esconde seu desprezo pela democracia: os EUA de Trump.
Diante dessa ofensiva, resistir é preciso. O Brasil não é quintal de ninguém. Jamais aceitaremos que traidores internos, condenados pela justiça e rejeitados nas urnas, convidem potências estrangeiras a interferir em nosso destino.
O Mandela Day de Flávio e a Suprema Humilhação de Jair Messias são os motes de uma campanha eleitoral antecipada. Querem transformar o pleito de 2026 em um reality show de ódio e falsos martírios.
Mas o povo brasileiro não se enganará. Até lá, defenderemos nossa soberania com unhas e dentes, denunciaremos essa aliança vergonhosa e construiremos um Brasil desenvolvido, justo e livre.
A escumalha bolsonarista escolheu os grilhões da subserviência. Nós escolhemos a lei para os criminosos e a soberania para o povo. A escolha de 2026 não é entre esquerda e direita: é entre Brasil e colônia.
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Daniel “Samam” Barbosa Balabram é carioca, músico, educador e militante do Partido dos Trabalhadores (PT). Foi Secretário de Comunicação e membro da Executiva do PT da cidade do Rio de Janeiro (2019–2022) e ocupa, desde 2017, cadeira no coletivo da Secretaria Nacional de Cultura do PT (SNCult/PT). Atualmente, está como Coordenador-Geral do Conselho Nacional de Política Cultural – CNPC no Ministério da Cultura – MinC.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.




