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Ricardo Melo

Ricardo Melo é jornalista, presidiu a EBC e integra o Jornalistas pela Democracia

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O Brasil ou Bolsonaro: esta é a escolha

"Chega a ser revoltante ler nas redes, no papel, ver na TV e ouvir em rádios pedidos de paciência e compreensão diante de um presidente que recém assumiu", critica o jornalista Ricardo Melo, do Jornalistas pela Democracia; "Ninguém tem bola de cristal para saber como as coisas acontecerão. A única certeza é a seguinte: quanto mais tempo ele permanecer no Planalto, pior para o Brasil. Cabe ao povo decidir como e quando será o desfecho", diz Melo

O Brasil ou Bolsonaro: esta é a escolha (Foto: Alan Santos/PR)
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Por Ricardo Melo, para o Jornalistas pela Democracia - Bastou o tenente Bolsonaro (que só virou capitão ao ser expelido do Exército, pelas regras da Arma) ensaiar sorrisos amarelos de cor laranja para a mídia adesista se assanhar. Brincando de civilizado, convocou um café da manhã com jornalistas selecionados a dedo para vender uma imagem de "gente boa", de homem aberto ao diálogo, com direito a piadinhas e elogios hipócritas à imprensa.

Foi o que bastou para muita gente achar que o diabo tinha recolhido o tridente. O jornalismo brasileiro da mídia gorda, realmente, caiu abaixo do fundo do poço.

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Não se passaram muitos dias para mostrar que nada mudou. Os twitters da famiglia, que ele prometeu iria filtrar, mantiveram o mesmo tom de ódio e belicismo de sempre. Para não citar todos, fiquemos no post de um dos filhos a respeito da morte do neto de Lula. Uma das peças mais execráveis a que o mundo civilizado já teve acesso. Filtrado pelo pai, a acreditar no que ele próprio prometeu.

Agora o próprio tenente voltou à ativa. Seu último twitter sobre a "lava Jato" na Educação demonstra que Bolsonaro continua o mesmo.

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Anuncia uma perseguição sem tréguas à academia, universidades, professores, alunos para enquadrá-los no que há de mais reacionário e obscurantista. Promete ainda uma repressão implacável aos que resistirem ao projeto de destruir qualquer oposição ao plano de exterminar o pensamento livre, desimpedido e democrático.

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Chega a ser revoltante ler nas redes, no papel, ver na TV e ouvir em rádios pedidos de paciência e compreensão diante de um presidente que recém assumiu. "Não tem experiência", falam. Como se isto anistiasse uma trajetória marcada por tudo o que mais odioso já visto no país.

Os argumentos dos bolsonaristas, neo-bolsonaristas e os ansiosos por uma boquinha não resistem a uma análise superficial que seja. Veja alguns:

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---"ele teve 58 milhões de votos". Bem, mas de onde saíram estes votos? As notícias em profusão mostram ter sido produto de manipulação eletrônica, laranjais, mentiras difundidas aos montões sem o menor escrúpulo. O tenente transformado em capitão é um usurpador, cuja soma de votos, aliás, é inferior ao volume de votos da oposição, nulos, brancos e abstenções. .

--- "ele não tem culpa das trapalhadas dos filhos". Referem-se, por exemplo, ao esquema de roubalheiras articulado pela dupla Fávio Bolsonaro/ Fabrício Queiróz. Omitem, quando podem, que o próprio tenente manteve em seu gabinete uma personal trainer que recebia dinheiro público (depois confiscado pelo militar) como assessora no Congresso.

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--- "o que ele falava como deputado não vale agora que ele é presidente". Quem acredita nisso, acredita em tudo. Já como chefe do Planalto, o tenente aproveitou uma cerimônia trivial para elogiar um ditador como Alfredo Stroessner, assassino, torturador, pedófilo, que durante 35 anos espalhou o terror pelo Paraguai. "Um estadista" na visão do militar.

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E por aí vai. Nem sequer é preciso citar o episódio Ilona Szabó, que reduziu Sérgio Criminoso Moro ao que ele é de fato –um estafeta covarde, pitbull na frente de Lula e lulu amedrontado quando desmoralizado pelo tenente na presidência.

Bolsonaro tem 30 anos de vida pública. Suas convicções racistas, homofóbicas, misóginas, vendilhonas do Brasil e adorador de torturas, genocídio de pobres, exterminador de direitos da maioria do povo e subserviente a personagens como Trump, Guaidó, Duque, Pinochet etc –tudo isso faz parte de seu DNA.

O tenente, alçado a ex-capitão por injunções burocráticas, não tem conserto. Viveu desequilibrado, e permanecerá desequilibrado. Ninguém tem bola de cristal para saber como as coisas acontecerão. A única certeza é a seguinte: quanto mais tempo ele permanecer no Planalto, pior para o Brasil. Cabe ao povo decidir como e quando será o desfecho.

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