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Mirela Filgueiras

Jornalista, com especialização em Teorias da Comunicação e da Imagem. Tem experiência nas áreas de webjornalismo, assessoria, rádio e televisão. Estuda as relações entre cibercultura e jornalismo

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O Brasil precisa de um outrage

Desmascarar hipócritas também serviria para a melhoria da sociedade como um todo, não apenas para a comunidade LGBT. Menos ódio e intolerância resulta em menos crimes, menor segregação socioespacial, econômica e familiar, pois todo homossexual tem uma família, que, em maior ou menor grau, o rejeita

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Jean Wyllys resolver tirar Carlos Bolsonaro do armário nesta segunda-feira, 17, através de uma sequência de tweets. Ele explicou sua motivação: "Aliás, quero deixar claro que só estou me referindo à homossexualidade enrustida do filho homofóbico, burro e mau do presidente porque esta vem sendo o motor horrores perpetrados por ele contra mim e outras pessoas honradas na internet".

Jean fez o que todo homossexual militante dos direitos civis para LGBTs tem o dever de fazer. Ele expôs a hipocrisia criminosa e cruel de homossexuais enrustidos que incitam o ódio contra outros homossexuais. Afinal, como o próprio Jean ressaltou: “A homofobia em qualquer de suas expressões é um horror. E heteros homofóbicos são terríveis. Mas nenhum destes pode ser tão mau e abominável quanto um homossexual enrustido - porque impedido de viver seu desejo com orgulho - e invejoso do gozo de homossexuais assumidos!”

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O Brasil precisa de um outrage

Em 2009 o documentário Outrage de Kirby Dick, cineasta indicado ao Oscar, tirou vários políticos estadunidenses do armário. Mas não quaisquer políticos; somente aqueles que lutavam contra os direitos dos LGBTs, que impediam a aprovação de leis em favor dos homossexuais e que proferiam discursos de ódio contra a própria orientação sexual, apenas para fins eleitoreiros. 

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O documentário, legendado em português, está disponível no YouTube: 

E no Brasil, como seria um outrage com os políticos homofóbicos da bancada da bíblia? Será que existem muitos homossexuais enrustidos no Congresso Nacional? Quantos vivem uma vida dupla? 

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Homofobia como fator de atraso cultural

Desmascarar esses hipócritas também serviria para a melhoria da sociedade como um todo, não apenas para a comunidade LGBT. Menos ódio e intolerância resulta em menos crimes (o Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo), menor segregação socioespacial, econômica e familiar, pois todo homossexual tem uma família, que, em maior ou menor grau, o rejeita.

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Excluir uma parcela produtiva da sociedade é uma perversão e para não perder o gancho dou a dica de mais um excelente documentário: Não É o Homossexual Que É Perverso, mas a Situação em Que Ele Vive. O documentário de Rosa von Praunheim é uma obra-prima e está disponível, com legendas em português, no YouTube: 

Homofobia e misoginia andam de mãos dadas

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Bolsonaro não entende a importância de ser presidente da República, desconhece a liturgia do cargo. Nesta quarta-feira, 19, chamou Jean Wyllys de menina, sendo misógino e homofóbico concomitantemente. Algo que o próprio Jean ressaltou em seu Twitter:

“Ao me tratar de “aquela menina” como forma de me ofender e supondo que eu me ofenderia, o presidente tratou o gênero feminino (todas as mulheres) como algo desprezível, menor, subalterno, ou seja, para ele, é um insulto ser mulher.”

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“O fato de o presidente ter se referido a mim como “aquela menina” é a prova cabal de que não há homofobia sem sexismo/misoginia e vice-versa. Todo homofóbico no fundo também odeia as mulheres. Bolsonaro também nunca escondeu que é homofóbico e misógino. Não finjam surpresa.”

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