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O Brasil terá finalmente os seus caças. E quem sabe até "for export"

Já imaginaram uma parceria Gripen-Saab-Embraer até onde poderá chegar?

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Bem, pelo menos "habemus capa" foi o que disse um jornalista muito enfronhado nas negociações entre Brasil e a empresa sueca Saab, que vai fornecer os novos caças da FAB, o Gripen N/G.

Os caças, esses demoram um pouco. É porque não existem ainda. Estão em fase de acabamento. O Brasil vai pedir à Saab que forneça alguns aviões enquanto os novos não chegam. O que a empresa teria condições de oferecer seriam aviões Gripen modelo C/D.

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As negociações para a compra desses caças começaram no governo FHC, atravessaram os dois mandatos de Lula e 3/4 da gestão Dilma.

Não foi um assunto simples de ser resolvido. Vale, de fato, uma capa. O Brasil pagará US$ 4,5 bilhões e terá 36 caças Gripen N/G (new generation).

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Começará, no entanto, desde já a dominar a tecnologia da Saab, e deve gastar algum nesse trabalho de aprendizado. No final, em algum momento de 2016, começará a receber os caças a troco dos US$ 4,5 bilhões.

Enquanto isso, só terá para defesa aérea antigos caças norte-americanos F-5 reformados, da base de Anápolis.

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Os Mirage-2000 farão um voo de despedida dia 31 de dezembro sobre Brasília. Esses Mirage, 12 no total, estão na ativa desde 2005, quando a primeira esquadrilha de Mirages foi aposentada.

Terá sido um bom negócio, considerando-se esse vazio na defesa aérea e ainda por cima que estavam interessados no fornecimento dos caças o governo francês, que controla indiretamente a fabricação dos Air Bus e os norte-americanos, com a toda poderosa Boeing?

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Foi, sem dúvida.

A Dassault francesa chegou, poucos antes da posse de Dilma, a abrir champagne comemorando o acerto. Aí começou uma onda de especulações, até a celebrada Clara Bruni chegou a ser mencionada, e o presidente Lula deu um murro na mesa e disse: cancela tudo!

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Àquela altura do campeonato os russos, que tinham para oferecer o avião dos sonhos de qualquer piloto brasileiro, o Sukhoy, bi reator, já estavam deixando a parada. Preço muito alto. Depois, sem transferência de tecnologia. Um problema na turbina, o avião teria que ir a Moscou consertar.

Continuaram na disputa a francesa Dassault, com o novo Rafale bi-reator, avião de quinta geração, a mais moderna.

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E entraram para valer os americanos, com um modelo também de quinta geração, o F-8, bi-reator, e a Gripen, divisão aeronáutica da Saab, de quem, por sua vez, até a Volkswagem é meio associada, nesses negócios de globalização que dominam hoje o planeta.

Aí foi a vez dos americanos colocarem dúzias de latinhas de cerveja para gelar. Eis que surgem as histórias sobre espionagem, envolvendo o mundo, e, claro, o Brasil. A cerveja dos americanos ficou na geladeira.

Para surpresa de muitos, inclusive do presidente da França, que recebeu a notícia da própria Dilma, visitando o Palácio do Planalto, o Brasil acertou finalmente a compra dos caças com a Suécia, através da empresa Gripen-Saab.

Permanece a pergunta: foi um bom negócio? Achamos que sim. Um ótimo negócio.

Vamos começar pelo lado ruim. O Gripen N/G, mesmo quando estiver pronto, não será um avião versão 5. Será, no máximo, versão 4,5.

Mono-reator, não terá condições de patrulhar a área de cerca de 4 milhões de quilômetros quadrados que corresponde à metade do território nacional e compõe a chamada plataforma continental brasileira (não esquecer que o Brasil foi o primeiro país a incorporar as famosas 200 milhas).

E que, com o pré-sal, mais do que nunca necessita ser protegida.

Ocorrerá, assim, a necessidade de duas ou três bases aéreas para a proteção do nosso "mar territorial". Afinal, ele é muito maior do que o da Suécia.

O lado bom da história é o domínio real da tecnologia.

Essa é chave que abriu as portas para a França, na construção do submarino nuclear brasileiro, que está avançando em silêncio.

E que escancarou as mesmas portas para a entrada do Gripen-Saab, ou Saab-Gripen.

A empresa sueca está instalada no ABC há tempos. Tem óbvias relações com a Wolks.

Por outro lado, o Brasil tem uma das maiores indústrias aeronáuticas do planeta, a Embraer, que está ali ao lado, em São José dos Campos.

Uma parceria Gripen-Saab-Embraer poderá produzir o primeiro caça fabricado no Brasil com chance de exportá-lo para dezenas de países periféricos.

O sucesso mundial dos jatos de porte médio da Embraer, e o reconhecimento da eficácia dos Tucanos, hoje voando para dezenas de Forças Aéreas, nos dá essa expectativa.

Enquanto isso o Chile, apenas para dar um exemplo, num caso de necessidade de defender-se de um improvável ataque, terá que pedir autorização para os americanos.

Os aviões F-8 estão no Chile, mas o controle dos seus armamentos está em algum ponto dos Estados Unidos. Que podem desligá-los de lá. Apenas apertando um botão.

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