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Heraldo Campos

Graduado em geologia (1976) pelo Instituto de Geociências e Ciências Exatas (UNESP), mestre em Geologia Geral e de Aplicação (1987) e doutor em Ciências (1993) pela USP. Pós-doutor (2000) pela Universidad Politécnica de Cataluña - UPC e pós-doutorado (2010) pela Escola de Engenharia de São Carlos (USP)

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O caminho do são quiabo com costela

Hoje seria politicamente incorreto empinar maranhão com cerol, soltar balão com tocha de breu e de borracha de câmara de ar picada, quanto mais montar um biribão usando fogos de artifício desmanchados e pedregulhos

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A gente sempre está procurando um caminho para melhorar a nossa vida do dia a dia. Uns procuram o conforto nas igrejas, nos templos e nas paisagens desse nosso maltratado planeta Terra, além de outras possibilidades espirituais. 

A oportunidade de rever os amigos (muitas vezes mais que amigos) faz bem para o corpo e para a alma. Amigos do tempo de escola e do bairro, que não se encontram há muito tempo, sempre é um momento bom para se lembrar das xaropices que são feitas quando se têm em média uns 17 anos de idade, tendo como cenário os anos 70 do século passado.     

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Hoje seria politicamente incorreto empinar maranhão com cerol, soltar balão com tocha de breu e de borracha de câmara de ar picada, quanto mais montar um biribão usando fogos de artifício desmanchados e pedregulhos. Isso não se faz, tudo pode causar danos materiais e humanos, mas foi feito há uns 50 anos e pedimos desculpas pelos possíveis transtornos, mesmo sabendo que não machucamos ninguém naquela época.

Por outro lado, andar de carona para ir à praia era quase uma obrigação moral desse grupo de amigos que, cada um do seu próprio jeito, carrega até hoje, ao longo dessa tortuosa estrada da vida, um grande coração e uma hospitalidade incomum. 

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Muitas vezes ocorriam uns perrengues nessas caronas, de certa maneira bem fáceis de serem pegas nessa época, com aquela famosa e internacional indicação do polegar no sentido do destino pretendido. Se fosse para ficar na casa de algum conhecido ou numa barraca de praia sempre tinham os metidos a cozinheiros encarregados da preparação daquele substancioso grude. Feijão, arroz, uma saladinha, um peixinho frito ou bife a milanesa, acompanhado da famosa batatinha frita era o cardápio da turma. De noite, um pedaço de pizza de mozarela e uma cervejinha gelada, fechava a festa do dia. 

Nessa época de escola, do antigo científico, uns jogavam futebol, outros bola ao cesto e até mesmo “handball”. Ninguém seguiu carreira no esporte, geralmente muito curtas, mas como profissionais que ainda não largaram a chuteira, continuam dando muito trabalho no difícil mercado das ciências exatas, humanas e biológicas.

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E por falar em mercado, confesso que nunca fiz o caminho do são quiabo com costela, mas que deve ser muito bom se for feito como um cozido ou um abafadinho. A costela pode ser de boi ou de porco. Cebola, alho, sal e pimenta dedo de moça, bem refogadinhos, deve dar certo nessa receita. O mais demorado é o cozimento da costela.

O prato que costumo fazer é quiabo com carne moída. Muito fácil e tempo de preparo bem curto. Doure a carne moída com óleo nesses temperos e quase ao final acrescente os quiabos cortados na diagonal para mais uns minutinhos de fogo. Desligue a panela, pegue um copinho de cachaça para abrir o apetite e um abraço. Um pouco de arroz branco e dois ovos fritos podem completar esse prato dos deuses. 

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Até a próxima, amigos!

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