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Luciana Novaes

Primeira vereadora tetraplégica do Rio de Janeiro (PT) e por três anos consecutivos, presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da Câmara dos Vereadores. Formada em Serviço Social, com pós-graduação em Políticas públicas e gestão de governo

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O caos tem saída: por uma outra gestão econômica para o Rio

É importante dizer que são as pequenas empresas que geram a maior parte das carteiras assinadas no Brasil. Tudo isso passa por uma gestão pública que respeite o dinheiro do contribuinte

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Vivemos uma crise econômica sem precedentes na história do Brasil. Só entre os meses de abril e junho, foram quase 9 milhões de pessoas que perderam seus empregos. No último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número total de desempregados atingiu cerca de 13,3% da população. Porém, os especialistas têm criticado a metodologia do instituto e acreditam que a taxa real de desempregados seria de quase 21,5%, ou seja mais de 90,06 milhões de brasileiros. 

Essa catástrofe no mundo do trabalho tem outras consequências graves. Nós que somos o sétimo país mais desigual do planeta estamos concentrando ainda mais riquezas. Isso é resultado, por exemplo, do crescente exército de mão de obra disponível que faz com que trabalhadores aceitem a redução de salários e benefícios. Enquanto isso, os números da Oxfam apontam que durante a pandemia os bilionários brasileiros viram sua fortuna crescer em 34 bilhões. Dados à parte, na ponta da crise sentimos o aumento constante de moradores de rua, de informais vendendo diversas mercadorias, de pessoas que não podem comer quatro refeições por dia, de cidadãos desiludidos. Se antes tínhamos assistido a uma drástica redução da miséria, agora parece que o velho fantasma do país empobrecido, cujo a comida era artigo de luxo, assombra-nos novamente. 

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Nas grandes cidades, como é o caso do Rio de Janeiro, os retrocessos são ainda mais evidentes. A segunda capital mais afetada pelo coronavírus no Brasil, lidava com uma imensa crise fiscal quando chegou a pandemia. A queda do crescimento econômico nos últimos quatro anos, fez do cartão postal brasileiro um caldeirão de desempregos, como classificou o jornalista Gilberto Côrtes, em uma crônica escrita ano passado. Se o cenário era ruim, a tendência agora é de empobrecimento massivo da população carioca. É este contexto complicado que os gestores públicos terão de enfrentar nos próximos anos. Ter clareza destas dificuldades pode ser o primeiro passo para buscarmos as soluções. 

Algumas pistas parecem surgir no horizonte. A primeira delas é investir o dinheiro público em ações que façam a roda da economia girar. Aplicar parte do orçamento disponível em serviços de infraestrutura pela cidade, além de melhorar os equipamentos, também gera empregos tanto no setor da construção, como em áreas correlatas. Outro ponto fundamental é aumentar a rede de amparo social para aqueles que irão precisar de ajuda financeira na reestruturação de suas famílias. No mundo todo, economistas discutem a possibilidade de criar a renda básica de cidadania universalizada, como forma de diminuir a pobreza e combater o desemprego massivo.  

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Não dá para esquecer também de facilitar a vida dos micro e pequenos empreendedores na aquisição de financiamento para expansão dos seus negócios. É importante dizer que são as pequenas empresas que geram a maior parte das carteiras assinadas no Brasil. Tudo isso passa por uma gestão pública que respeite o dinheiro do contribuinte e aplique de forma eficiente os escassos recursos disponíveis. É possível superar a crise financeira, desde que um outro modelo de política econômica, mais solidária e focada nas pessoas, aflore já nas próximas gestões municipais. 

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