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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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O caranguejo-ladrão

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O caranguejo-dos-coqueiros (Birgus latro) ou caranguejo-ladrão é o maior artrópode terrestre.

Em alguns lugares ele também é chamado de caranguejo-ladrão-de-cocos ou coconut crab, pois é forte o suficiente para subir em coqueiros e roubar cocos. Quando decide comer um coco, ele rasga a casca em tiras usando suas pinças e, em seguida, bate na fruta repetidamente até que ela se rompa.

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O caranguejo-dos-coqueiros tem uma certa tendência a roubar objetos brilhantes, tais como relógios, joias, louças deixadas por turistas ou moradores em acampamentos e quintais.

Tem hábitos noturnos, por isso dificilmente é pego roubando durante o dia.

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Apesar de ser um caranguejo, ele é do tipo terrestre e é capaz de tocar o terror na vizinhança do lugar em que vive. Adora passear por áreas habitadas e roubar latões de lixo e o que mais tiver pela frente para comer.

Ele come de tudo: além de coco e outras frutas, ingere vegetação, carniça de aves mortas e outros caranguejos. A bióloga Michelle Drew flagrou alguns caranguejos emboscando frangos jovens e até gatinhos.

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Os caranguejos-do-coco desenvolveram um agudo senso de olfato, que evoluiu de forma convergente com o dos insetos e que eles usam para encontrar fontes de alimento em potencial. Os caranguejos que vivem na água têm órgãos chamados estetascos em suas antenas para determinar tanto a concentração quanto a direção de um cheiro.

Os estetascos dos caranguejos-do-coco são mais curtos e mais diretos do que os de espécies aquáticas. Com isso, eles podem detectar odores interessantes a grandes distâncias e buscar a sua comida com mais eficácia.

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Eles não atacam o ser humano, contanto que o mesmo não os incomode.

Apesar de não serem venenosos por natureza, podem adquirir toxinas que os tornam venenosos através de sua alimentação. Existem casos em que eles comeram plantas que continham toxinas e se tornaram venenosos.

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Quando a maré está alta, eles sobem em árvores para não morrer, assim conseguem o alimento necessário além de se protegerem.

Os maiores caranguejos-dos-coqueiros já registrados tinham 1 metro de comprimento e chegavam a pesar 17 quilos, o que chega a ser espetacular em se tratando de um artrópode terrestre.

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Já no meio aquático, é possível encontrar exemplares ainda maiores.

Eles são extremamente dóceis; em Tóquio, por exemplo, encontram-se à venda como animais de estimação, e são mantidos em gaiolas fortes o suficiente para aguentar suas poderosas pinças.

Apesar de seu tamanho, pouco se sabe sobre as populações de ladrões-de-coco da Terra. Nunca foram estudadas a fundo, por isso não se sabe quantos espécimes restam no mundo.

Eles são classificados como espécie deficiente de dados (DD) pela União Internacional para a Conservação da Natureza, o que significa que os especialistas não sabem o suficiente para poder determinar se essa espécie está ou não ameaçada de extinção.

"Historicamente, esse tipo de caranguejo foi alvo de caçadores, mas não por muitas décadas", diz Heather Koldewey, da Sociedade Zoológica de Londres. Hoje em dia, muitos servem de presas para ratazanas, que foram introduzidas nas ilhas onde eles vivem.

Koldewey e seus colegas agora estão realizando a primeira grande pesquisa sobre as populações de ladrões-de-coco.

A bióloga diz que ainda é cedo para definir a situação desses animais, pois serão necessários mais alguns anos de levantamentos.

Mas, segundo ela, as ratazanas representam um problema, principalmente em ilhas com pouca vegetação. Mesmo assim, os cientistas observaram que, algumas vezes, os caranguejos levam a melhor e comem as ratazanas.

Os ladrões-de-coco moram em tocas subterrâneas, forradas com fibras da casca de coco.

A sua expectativa de vida é bastante alta, eles podem alcançar seu tamanho máximo com a idade entre 40 e 60 anos — isso se não encontrarem nenhum predador ou um ser humano aterrorizado pela frente. Há relatos de alguns exemplares com mais de cem anos de idade.

Como um artrópode, o caranguejo-do-coco usa seu exoesqueleto e o troca de tempos em tempos à medida que ele cresce. Por isso, em média uma vez por ano ele busca a segurança de uma toca para trocar de "casca".

É nesse período que ele fica mais vulnerável​​, pois, uma vez que sai desta casca rígida, para acelerar o desenvolvimento da sua nova armadura, ele consome seu antigo exoesqueleto.

Há milhões de anos, esses caranguejos viviam tranquilamente em ilhas sem grandes mamíferos predadores, o que lhes permitiu atingir as suas incríveis dimensões.

Não há confirmação da suspeita de que um dos representes da espécie tenha chegado à presidência da Câmara dos Deputados.

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