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Ricardo Mezavila

Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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O caráter perverso do estigma

Alguns outsiders sociais fazem coro com a elite e infligem estigmas, desqualificando quem possui identidade com o povo. Exemplo disso é Ciro Gomes, um coronel mal educado, que se fosse rei seria mal coroado, tentando plantar sementes maliciosas na cabeça do eleitorado dizendo que “Lula conspirou contra Dilma”

Esplanada dos Ministérios, Brasília, DF (Foto: Mario Roberto Duran Ortiz)

O termo “estigma” remete à marcação corporal dos escravos e criminosos na Grécia antiga. Na Era Cristã, o termo passou a referir-se às chagas do sofrimento físico de Jesus Cristo, ou como definiu o cientista social Erving Goffman, “a sinais corporais da graça divina”

Para a sociologia, o termo refere-se à categorização como inferior, menos valorizado ou desqualificado de um grupo social por outro.  

A atrasada elite brasileira, despida pelo sociólogo Jessé Souza no livro “A elite do atraso”, faz questão de olhar a população em situação de pobreza e de miséria, com o estigma do gado marcado a ferro. 

Eles estão sempre certos, como Pedro Bial, o mocinho bacaninha da elite branquinha e cheirosinha, que disse: “Lula representa o passado”. O BBB master completou: “Já ouvi de gente da direita e da esquerda que essa dicotomia direita/esquerda tem que ser substituída pela real dicotomia que nos desafia, que é passado e futuro”. 

Alguns outsiders sociais fazem coro com a elite e infligem estigmas, desqualificando quem possui identidade com o povo. Exemplo disso é Ciro Gomes, um coronel mal educado, que se fosse rei seria mal coroado, tentando plantar sementes maliciosas na cabeça do eleitorado dizendo que “Lula conspirou contra Dilma”. 

Tendo recebido da ex-Presidenta Dilma, a resposta: “Só Ciro é competente. Este é o pecado da sua enorme presunção. Essa é sua visão quando se trata de avaliar o resto da humanidade. Mas quando se trata de mulher, sua visão não é só inadequada, é também profundamente misógina”. 

A imposição social, cultural, política e econômica de grupos hegemônicos, detém o poder de categorizar os demais, atribuindo a si próprios características de superioridade, ao passo que a exclusão é a marca da marginalização e inferiorização dois grupos estigmatizados. 

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.