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Clemilton Saraiva

Diretor Jurídico do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações - Sinttel-DF

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O carnaval da ajuda humanitária e a manipulação do Pierrô para com às "Colombinas e Arlequins"

Aproveitar os momentos de crises internas que acometem os nossos vizinhos", é escarnecer, é desmerecer e vilipendiar as fragilidades políticas momentâneas dos nossos hermanos

O carnaval da ajuda humanitária e a manipulação do Pierrô para com às "Colombinas e Arlequins" (Foto: Marco Bello - Reuters)
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Ao andar pelos grandes centros urbanos ou nos bairros, ruas e vielas das periferias das cidades brasileiras o que mais se vê são pessoas sem rumos, sem empregos, sem tetos, doentes, pessoas com depressão ou drogadas, com fome e pedindo comida nas portas dos restaurantes, lanchonetes ou em qualquer outro lugar que possam obter um pouco de atenção e comida para aplacar a verdadeira crise humanitária por que passam. São trapos humanos perambulando e que às vezes são tão invisíveis e que na maioria dos casos as pessoas não dão a mínima atenção para a gravidade do veem.

A indiferença diante desse risco social e humanitário, onde milhões de criaturas são submetidas e dragadas pela miséria no Brasil, é a moeda dada como assistência a essa gente brasileira. Os desvalidos e invisíveis, brasileiros como você, são jogados nas ruas a margem daquilo que chamamos de dignidade humana. Se é que se pode chamar de vida, sobrevivem das intempéries humanas e da natureza, debaixo de lonas de plástico ou morando em lugares inimagináveis, improváveis, inusitados, jogados a própria sorte.

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Diante de tal tragédia social, de repente, somos surpreendidos por essa hipócrita campanha de "AJUDA HUMANITÁRIA" aos nossos vizinhos. Por um instante de racionalidade humana, reflita sobre essa "bizarra e letárgica situação de falta de mínima consciência coletiva", isso a que estamos sendo submetidos se chama engodo, é manipulação deslavada que visa exclusivamente desviar a sua atenção para os reais e graves problemas humanitários a que milhões de brasileiros estão sendo vítimas e que há uma passividade e desatenção. As verdadeiras vítimas dessa crise social e humanitária, não estão só nas fronteiras e não acometem somente os vizinhos do Brasil. Elas se encontram, também, nas periferias desse brasilzão. Legiões de cidadãos desempregados e sem atenção primária clamam por ajuda humanitária para se manterem diante desse quadro de exclusão social que vem crescendo a cada dia e assustadoramente no país. Milhões pessoas se encontram sem as mínimas condições de empregabilidade, sem oportunidades de vida e sem dignidade humana.

Há uma pergunta retumbante e que deve ecoar nas consciências mais despertas do povo brasileiro. Será que não temos questões muito mais graves e importantes para cuidar, ao invés de ficarmos metendo o bedelho nos conflitos internos e naturais dos nossos vizinhos? Pense ai! Se o seu vizinho estivesse com problemas você iria até lá e interviria sem o pedido e consentimento dele? Você deixaria cuidar da sua própria família, que já vive em meio a sérios problemas de saúde, alimentação, segurança, dentre outros, para resolver os problemas do seu vizinho, também, acometido da mesma doença social? Vivemos uma latente e grave crise social que poderá nos levar a mesma situação dos nossos vizinhos e o que vemos são ações midiáticas, demagógicas, que se destinam a embotar o campo de visão e a consciência do povo em tempos de carnaval e festas de momo por todo o Brasil.

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É chegada a hora de acordarmos desse pesadelo, estamos lentamente caminhando para um abismo que poderá ter um resultado muito mais trágico do que possamos está percebendo. Nações estranhas aos interesses maiores do povo brasileiro estão pilotando subjetivamente as vidas da nação. Manipulam e formam opinião pública e nos envolvem em interesses que não são os nossos e, ainda, fomentam a guerra interessada entre os vizinhos. O carnaval humanitário, apoiado, patrocinado e manipulado pelo "Pierrô" brasileiro contra as emotivas e manipuladas "Colombinas e Arlequins" em tempos de festas, pode transformar a avenida Brasil em uma passarela tragicômica para os foliões embebecidos pelas ilusões fugazes e esperançosas de promessas de dias felizes.

Não há nada de humanitário neste carnaval de ajudas aos nossos vizinhos irmãos. Os verdadeiros foliões dos blocos que estão nas obscuras ruas das fronteiras do Brasil são peças do jogo de informações e contra informações que se desenvolvem na passarela das humanitárias ajudas. É preciso entender que o colapso gerado pela falta de medicamentos para abastecer os hospitais públicos dos nossos vizinhos foi engendrado pelo boicote comercial provocado intencionalmente pelos atuais atores e "ajudantes humanitários" de plantão, que agora se travestem de amigos dos nossos vizinhos.

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A tragédia midiática e humanitária vivida pelas nações dos trópicos é fruto de anos de dominação e exploração estrangeiras das riquezas do povo latino. Povos manipulados e oprimidos, diante do baixo retorno dos seus recursos em prol do desenvolvimento econômico e social a favor do bem comum da gente que habita essas ricas e prósperas regiões. A autodeterminação dos povos, revestem os direitos dos nossos vizinhos para que de posse dos seus próprios instrumentos legais de resolução de conflitos. A nós, enquanto vizinhos, é dever observar e proteger a nossa fronteira, nos cabendo, também, aceitar e dar abrigo aos que por ventura não desejem viver em suas terras de origem.

Aproveitar os momentos de crises internas que acometem os nossos vizinhos", é escarnecer, é desmerecer e vilipendiar as fragilidades políticas momentâneas dos nossos hermanos. É preciso colocarmos as nossas barbas de molho, pois todo esse "voluntarismo humanitário", duvidoso, farsante, poderá arrasar a casa do vizinho e que não nos esqueçamos que o vizinho vive, na maioria das vezes, parede e meia conosco, o que lhes afetam nos abalam, também. Em tempos convivência civilizada e respeitosa, só se resolve conflitos com o devido respeito às soberanas vontades de cada povo.

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