O caso Renan e o Brasil em transe
Renan está longe de ser uma persona a defender. Ele tem que dar conta de resolver seus problemas sozinho, mas vê-lo ser arrancado de um dos dois cargos mais importantes do parlamento sem ter sequer direito à defesa é de pensar
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O afastamento monocrático do presidente do Senado, Renan Calheiros, pelo ministro do Supremo Marco Aurélio Mello, pode ser só mais um movimento de peça num jogo insano e imprevisível que nāo vai nos levar a lugar algum.
Ou pode ser algo muito pior.
Essa permissão para que o judiciário faça o que bem entender não cheira bem. E que quem vier a se insurgir contra ele será sumariamente punido, cheira bem pior.
O afastamento parece lógico na interpretação justa da lei. Ao menos se a medida do caso Cunha for usada também com Renan.
Mas essas justezas não são levadas a termo se é possível fazer a mesma coisa com menos dor.
Renan só seria presidente mais uns 10 dias. Depois já entregaria o cargo pro sucessor.
Ou seja, o ato de Marco Aurelio foi também um ato de força. E uma resposta às ruas que o judiciário animou.
Renan está longe de ser uma persona a defender. Ele tem que dar conta de resolver seus problemas sozinho, mas vê-lo ser arrancado de um dos dois cargos mais importantes do parlamento sem ter sequer direito à defesa é de pensar.
Será que é assim mesmo que vamos resolver nossos problemas? Será que a política deve ser refém do judiciário? Será que Temer e o PSDB entregaram Renan pra não entregar os dedos? Será que não sobrarão dedos depois dessas apostas malucas?
Esse novo movimento de peças com o afastamento de Renan precisa ser analisado com lupa.
O indicativo nāo é dos melhores. E quem dizer diferente, está querendo te enganar
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