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Michel Zaidan

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O crítico Celso Marconi e os ensinamentos nas crônicas do Jornal Commercio

Aprendi muito com o cinema. Sobretudo política

Cinema São Luiz, em Recife (Foto: Rebeca Martins/Brasil de Fato)

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Aprendi a ler e entender o cinema a partir das suas crônicas do Jornal do Commercio. Na adolescência e juventude. Devo a ele o conhecimento das diversas escolas e estilos de cinema: o neo-realismo italiano e seus diretores importantes, a nouvelle vague  francesa de Jean Luc Godard, o cinema espetáculo de Claude Lelouch, o bom filme americano, o neo-expressionismo alemão. Foi ele quem me orientou a ver,  escolher e assistir filmes de qualidade.

Depois levei esse olhar para a Universidade. Fui estudar a teoria do cinema e  a introduzi nos cursos e nas disciplinas de teoria da história, através da intersemiose   levando os alunos a produzir vídeos e montarem espetáculos, hoje guardados em arquivos e livros,  como o “Palco da História” e a “rise da Razao Histórica”. Devo a ele esses ensinamentos. 

Uma coisa é ver cinema como diversão de massas (indústria cultural), outra é o olhar crítico para o discurso ficcionista do diretor. O cinema depois da ópera, é uma forma de expressão artística completa. É uma janela para o mundo. Uma viagem incomparável. Nisso, Cinema Paradiso é bem ilustrativo, como a nostálgica Uma Última Sessão de Cinema, de Peter Bogdanovich. 

Aprendi muito com o cinema. Sobretudo política, arte, a experiência catártica do filme de terror. Adoro os filmes preto e branco e os "noir". Revejo com gosto: Casa Blanca,  Os Irmãos Rocco e os desempenhos magníficos de Vicent Price, Bela Lugosi, Peter Cushing e outros. Tenho os filmes da Hammer, chamados de filmes b. Meu sonho seria me tornar professor de cinema. E estudar a teoria do cinema mais a fundo. O filme ampliou a nossa capacidade de penetrar a fundo os interstícios da realidade, criar uma hiperrealidade 

Nisso nunca esqueci  as experiências de Blow Up e seu olhar alegórico para a irrealidade cotidiana. E os ensinamentos históricos de Il Leopardi sobre a modernização  conservadora da Itália, o dramático olhar sobre a pobreza italiana no pós-guerra, em Ladrões de Bicicletas. Sem contar a filosofia nietzschiana de 2001, Uma Odisséia no Espaço, sobretudo o começo e o fim. Além dos filmes existencialistas de Bergman, no ambiente  escandinavo (O Sétimo Selo).

Tudo isso devo ao estímulo da leitura  do mestre Celso Marconi, que completa 93 anos!

Uma longa vida dedicada ao cinema!

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