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Daniele Barbosa Bezerra

Doutora em Educação (UFC), professora, pesquisadora de gêneros biográficos e memorialísticos, contista e cronista.

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O desmascarado em tempo de máscaras

A anteface de empresário, apresentador e socialite (seja lá o que isso signifique) ruiu e mostrou a sua verdadeira natureza, a de um neoliberal fascista escondido nos ternos bem cortados e no sorriso tão gélido quanto suas palavras. E não adianta retratação! A máscara caiu

(Foto: Divulgação/Band)
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Supostamente elegante, engomadinho, cabelos milimetricamente arrumados, sorriso metálico, branco e impecável. Homem com mais de sessenta anos que não se considera velho ou sequer envelhecendo. Tal passagem do tempo é um agravante, quiçá sabedoria, para os mortais comuns, para ele não. A vida é de luxo, conforto, mansões, carros e mulheres tão bonitas quanto jovens. A máscara usada cotidianamente é irretocável, com direito ao ouro e pedras preciosas dos egípcios e à conexão com as divindades do capital, como o homem primitivo que usava tal ornamento para facilitar o contato com a espiritualidade. A religião dele é o dinheiro. 

As máscaras sempre existiram ao longo da história da humanidade e foram usadas para os mais diversos propósitos; no teatro grego, mais expressividade aos textos ora representados, como também para proteger os atores de uma provável incorporação dos mortos. Já as máscaras sociais são fundamentais para que nos adaptemos às nossas diversas personagens e circunstâncias que povoam a nossa existência. 

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Aqui eu já me desmascaro, ao confessar que a minha vontade foi de escrever uma enciclopédia de palavrões, como ato de repulsa e catarse , a esse homem que me serviu de mote para o texto. Não seria uma boa opção, sou mascaradamente moça fina e letrada. Além do mais, usar um espaço como esse para achincalhar o esforço de muita gente em mantê-lo, não seria nada republicano. Ainda bem que existe o pensamento... $#@%&*&$%#?!!! 

O galã sexagenário acreditando-se acima de qualquer supeita, foi desnudado pela tecnologia que anda a nos vigiar e a nos expor, sobretudo nos momentos em que fazemos nudes de caráter (Viva os nudes de corpo!) e mostramos quem somos, nas conversas informais com os nossos pares. 

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O moribundo de alma teve a impudência de declarar que o coronavírus é uma gripezinha que provoca histeria desproporcional e que, APENAS, 10% a 15% dos velhinhos irão morrer. Como ele não é velhinho, certamente esteja falando dos nossos pais, das nossas tias e tios, dos nossos amigos que, agora idosos, não nasceram em berço de ouro como ele. Mal sabe o velhusco enrustido, como os meus velhinhos farão falta quando se forem. Todo mundo faz falta a alguém, mesmo aquele a quem nem olhamos. 

A anteface de empresário, apresentador e socialite (seja lá o que isso signifique) ruiu e mostrou a sua verdadeira natureza, a de um neoliberal fascista escondido nos ternos bem cortados e no sorriso tão gélido quanto suas palavras. E não adianta retratação! A MÁSCARA CAIU. 

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Assim, mesmo com as máscaras tombando, não esqueçamos! Em tempos de pandemia usemos as máscaras, mas não a dele. 

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