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Sebastião Costa

Médico pneumologista

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O discurso de Requião, a mídia e a Justiça

No caso Banestado, foram surrupiados do erário público e remetidos ao exterior a estratosférica cifra de meio trilhão de reais (não dá nem para comparar com a merreca do mensalão e da Petrobrás)

Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária. Em discurso, senador Roberto Requião (PMDB-PR). Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado (Foto: Sebastião Costa)
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"Senhoras e senhores senadores

Quero aproveitar hoje esse clima justiceiro que faz arder em santa ira os corações dos que levantam as bandeiras do civismo e da luta contra a corrupção, para lembrar o maior escândalo, o escândalo-mãe de todas as vergonhas e malfeitos recentes.

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A investigação do caso BANESTADO, intitulada no âmbito policial de 'Operação Macuco', foi a maior investigação criminal do país de todos os tempos, e a precursora de outras grandes operações que se sucederam nas gestões dos presidentes Lula e Dilma."

O caso Banestado (Banco do estado do Paraná) pela sua amplidão corruptiva, pela semelhança e ligações com o caso Petrobrás e pela incrível coincidência dos personagens, daria um belo roteiro para um filme policial.

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Vamos entender:

A "Operação Macuco" teve início na delegacia federal de Foz do Iguaçu e pretendeu investigar o uso irregular de contas CC-5. A quebra de sigilos bancários identificou 137 contas correntes na agência do Banestado de Nova Iorque e diligências realizadas com o auxílio do FBI descobriram a evasão de divisas no valor de 124 bilhões de dólares.

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Percebam agora as coincidências dos personagens envolvidos com o caso Petrobrás e avaliem as repercussões punitivas entre os dois.

Segue o discurso do senador: "Os processos foram em sua maioria presididos pelo juiz Sérgio Moro da Justiça Federal de Curitiba. No entanto, ou geraram absolvição por falta de provas ou prescreveram por inércia da Polícia Federal e do Ministério Público Federal."

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Quem diria, o implacável juiz 'sem provas' para condenar um bando que levou 500 bilhões de reais!

Apenas setenta doleiros foram presos, entre eles, vejam só, o nosso famoso Alberto Youssef.

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Na relação de 91 pessoas indiciadas, constavam o ex-presidente do Banco Central do governo tucano, Gustavo Franco e Ricardo Sérgio, arrecadador-em-chefe das campanhas a presidente de FHC e José Serra.

Ainda o bravo senador paranaense:

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"Por que o inquérito-mãe, o ponto de partida para desvendar toda a trama da corrupção no país, foi abandonado?"

Foram surrupiados do erário público e remetidos ao exterior a estratosférica cifra de meio trilhão de reais (não dá nem para comparar com a merreca do mensalão e da Petrobrás).

No maior escândalo do país em todos os tempos, estavam envolvidos nomes de peso do empresariado nacional e da alta cúpula do PSDB.

Na lista de indiciados não havia um único político do DEM, muito menos do PSDB.

A pizza da CPMI que investigou o caso foi retirada do forno ainda crua. É que o presidente da Comissão, o tucano Antero Paes de Barros, encerrou os trabalhos antes da apresentação do relatório.

Não custa nada relembrar que Genoíno foi para a cadeia sem ter pago todas as prestações de sua casa própria.

Palmas para competência da revista Veja, aplausos para o empenho da Folha e Estadão e todos os méritos ao sistema Globo - em especial à persistência diária do JN - que ao longo dos 3 últimos anos conseguiram transformar PT e petistas nos únicos corruptos a habitarem a República Federativa do Brasil.

Não fosse a Justiça brasileira tão justa e competente, algum brasileiro mais afoito poderia arriscar que ela anda dançando a valsa vienense, ao som da orquestra sinfônica da mídia tradicional.

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