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Eric Nepomuceno

Eric Nepomuceno é jornalista e escritor

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O doido cada vez mais doido

Jornalista Eric Nepomuceno diz que os recentes arroubos autoritários de Jair Bolsonaro são uma tentativa de desviar o foco da CPI da Covid. "Muito mais que alimentar a seita de seguidores radicais e fanatizados, trata-se da tentativa de desviar o foco das atenções do que interessa. Manobra esperta do Genocida, mas inútil", afirma

(Foto: ABr)
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Por Eric Nepomuceno, para o Jornalistas pela Democracia

Dizem que Einstein disse o seguinte: “Há limites para tudo, exceto para duas coisas: o Universo e a estupidez humana. E devo esclarecer que, quanto ao Universo, tenho cá minhas dúvidas”.

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Nesta quarta-feira, cinco de maio, Jair Messias comprovou, uma vez mais, que no que se refere à estupidez, Einstein estava certo.  

Também comprovou que quando um psicopata se sente acuado reage com mais aberrações ainda, fora de qualquer controle. E que como todo bom mentiroso compulsivo, mente desbragadamente.

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Entre as pérolas do dia, assegurou que seu governo é o que mais assegurou total liberdade de imprensa. Esqueceu, com certeza, os seguidíssimos ataques que faz contra os meios de comunicação. Que deu ordens estritas para cortar publicidade oficial, exceto nos seguidores exaltados. Que afirmou que não compraria produtos e comércios que anunciam nos grandes meios de comunicação. E que soltou a Polícia Federal contra quem chama o Genocida de Genocida, o Psicopata de Psicopata, o Mentiroso de Mentiroso.

Estava especialmente descontrolado, a ponto chamar de canalha quem se opõe ao uso da cloroquina. Chamou o Gabinete do Ódio de Gabinete da Liberdade. Aproveitou para, de novo, atacar a China – justo a China, maior parceira comercial do Brasil e de quem dependemos essencialmente para obter vacinas. E descarregou sua ira, de novo, contra o Supremo Tribunal Federal. As obsessões de um obsessivo totalmente desequilibrado saltaram, e com fúria, para a luz do sol.

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Chegou ao desatino olímpico de elogiar aquilo que chamou de política externa de seu governo, mencionando, meio de esguelho mas mencionando, o ex ministro de Aberrações Exteriores, Ernesto Araújo.

O auge dos disparates, porém, foi quando Jair Messias ameaçou, uma vez mais porém agora com fúria especial, agir contra as medidas adotadas por prefeitos e governadores para tentar conter o avanço da covid-19.

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Advertiu que está a ponto de baixar um decreto que assegure o direito de ir e vir, e também de frequentar cultos religiosos. Como, não disse. Mas deixou claro, iracundo, que tal decreto não será contestado por nenhum tribunal – menção clara ao STF.  

Reiterou que é capitão, esquecendo que foi escorraçado do Exército quando era tenente, e que só por ter passado automaticamente para a reserva foi promovido.

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A insistência com que Jair Messias recorda sua condição de ex-militar é patética e não faz mais deixar à flora sua frustração. Ter espalhado militares por todo seu governo tem o efeito imediato de conspurcar a imagem da caserna por fazer parte de todos os absurdos que levaram ao genocídio. Mas é também a tentativa de passar a imagem de que conta com um apoio que nada indica existir.

Há uma razão clara e palpável para que o desequilibrado tenha destrambelhado de novo e num grau insólito: a CPI do Genocídio.

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Muito mais que alimentar a seita de seguidores radicais e fanatizados, trata-se da tentativa de desviar o foco das atenções do que interessa. Manobra esperta do Genocida, mas inútil.

O que surpreende é a impunidade com que ele continha desfilando aberrações e ameaças absurdas.

Seria e é apenas patético e bizarro, mas também é preocupante.

Os depoimentos de Mandetta e Teich na CPI não fizeram mais que ressaltar o absurdo que foi o general da ativa Eduardo Pazuello, em íntima cumplicidade com Jair Messias e, portanto, co-responsável pela tragédia que o país enfrenta nas mãos do pior e mais absurdo governo da história.

E a cada três frases, deixaram clara a irresponsabilidade sem fim do responsável pela maior parte de mais de 410 mil mortes. O Genocida.

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