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Pedro Augusto Pinho

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O Estado, a Constituição e seus algozes

Se a memória ajudar, todos se lembrarão da incrível e até inacreditável campanha contra o Brasil, suas empresas e instituições, que inundou as redes de televisão, páginas de revistas e jornais sob o manto do estado mínimo. Na verdade pedia-se o estado repassador de juros e benesses tributárias à banca

Constituição Justiça (Foto: Pedro Augusto Pinho)
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O constitucionalista José Joaquim Gomes Canotilho ("Brancosos" e Interconstitucionalidade, Almedina, 2008, 2ª Edição, Coimbra) afirma que o "Estado não está só", carece de um adjetivo, o que "indica um claro mal-estar do próprio Estado" e troça afirmando que "no começo não está o verbo, mas sim o adjetivo".

Vamos nos deter neste Estado qualificado, que encontramos no Brasil de hoje, e no que seria seu documento constitutivo: a emendada (valha o adjetivo) Constituição em vigor (precária?).

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"Todo Estado se processa dentro de uma estratificação social específica....A constituição do Estado é feita pela correlação das forças sociais em ação, pela capacidade dessas forças exercerem sua influência de maneira eficaz e pela natureza das influências externas" (Leon Pomer, O Surgimento das Nações, Atual Editora, 1986, 2ª Edição, São Paulo).

Caros leitores, esta Constituição surgiu após o golpe que o sistema financeiro internacional, que denomino a banca, aplicou no Presidente Geisel. Recordemos, sem ódio nem saudosismo, que no Governo Geisel, mesmo com a enorme pressão da dívida externa, o Brasil constituiu empresas e projetos necessários ao desenvolvimento das tecnologias de ponta da época – e que ainda são fundamentais para soberania nacional, quase meio século depois: nuclear, informática e aeroespacial. Este salto, sofreu a paralisação, quando não a própria eliminação, no período que vai de 1980 a 2002. Período no qual se elaborou e se emendou amplamente a Constituição de 1988, em princípio a institucionalizadora do atual Estado Brasileiro.

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Podemos apontar, na correlação de forças da composição de Pomer, aquela que se denominou "bancada ruralista", resquício do Poder do período colonial, tradicional aliada dos interesses (forças) externos - os importadores de bens primários. Também a grande imprensa, desde antes da elaboração constitucional, despudoradamente aliada da banca, e uma burguesia que não sonha com seu País próspero e rico, mas da casa, sucessivamente, em Lisboa, em Londres e hoje, triste queda cultural, em Miami. Concluímos então que as instituições deste Estado não se prepararam para sua própria defesa.

Realmente, se a memória ajudar, todos se lembrarão da incrível e até inacreditável campanha contra o Brasil, suas empresas e instituições, que inundou as redes de televisão, páginas de revistas e jornais sob o manto do estado mínimo. Na verdade pedia-se o estado repassador de juros e benesses tributárias à banca.

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Esta situação agrava-se ainda mais com o golpe, não apenas na Presidente eleita, mas na própria estrutura do Estado Brasileiro como foi aplicado em 2016.

O estado elefante em loja de louça foi substituído pelo Partido dos Trabalhadores e seu principal líder Lula, não por qualquer incorreção que possam ter praticado, de resto comum a toda vida política brasileira e pelos permanentes detentores do Poder, mas por terem cometido dois crimes para banca: retirada de 40 milhões de brasileiros da miséria, ou seja, da redução da pressão por salários aviltantes e, ainda mais, promovendo condições para o maior acesso ao conhecimento formal, e voltando a investir em setores estratégicos para segurança militar do Brasil: nuclear e aeroespacial.

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A banca, como todos sabemos, é estéril, nada produz, apenas se apropria dos ganhos de todos os demais setores da economia. Logo, seu instrumento não é o enriquecimento nem mesmo de um grupo, pois a banca também promove a constante e sistemática concentração de renda, mas a corrupção. Isto fica claro quando todos os poderes – executivo, legislativo e judiciário –, que aplicaram o golpe em 2016, se unem contra o Estado Brasileiro.

Como se dá esta agressão? De várias formas: o judiciário, por exemplo, fazendo da legislação em vigor letra morta, agindo como um partido político; o legislativo promovendo o endividamento com os gastos públicos, sem qualquer tipo ou perspectiva de retorno, mas com maiores vantagens e proveitos pessoais e de seus grupos; o executivo alienando, para terceiros estrangeiros, riquezas minerais, terras produtivas, controle de informações, de sorte que o Brasil vai ficando menor e mais fraco. O último ato, cronologicamente, foi a colocação de tropas dos Estados Unidos da América (EUA) na Amazônia.

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Cabe perguntar: trabalhando pela destruição do Estado, o que farão os Ministros do Supremo Tribunal? O que farão os Oficiais Generais? Estariam todos, como Brás Cubas, evitando transmitir o legado de suas misérias?

Mas o Brasil não são estes senhores de uma elite que se esvai. O Brasil são os trabalhadores do campo e da cidade, são os estudantes, são todos que não querem ser súditos de uma ditadura cruel, que esconde seus nomes e endereços, que coloca os militares como cães de guarda para atirar e matar o povo, que usa o judiciário para suas vinganças e otimização dos ganhos, como no caso do CARF(Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), perdoando R$ 25 de impostos devidos pelo Banco Itaú.

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Saberemos enfrentar nossos algozes.

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