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Jean Volpato

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O Estado policialesco e a espetacularização da mídia privada

A cena de Garotinho sendo colocado na ambulância e as imagens de Cabral careca na cela me lembram a Roma Antiga, onde os criminosos eram colocados para se digladiarem nas arenas até que um deles fossem ferozmente mortos, para alegrar ao público que assistia

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Não é de hoje que o processo de criminalização da política se faz presente nos meios convencionais de comunicação. Afinal a mídia privada tende a demonizar tudo o que represente o campo público, com o objetivo de potencializar o campo privado. Por isso é tão frequente nas redes e canais de comunicação se averiguar a degeneração do SUS, nas mesmas emissoras em que os planos privados de saúde financiam. O mesmo ocorre com a educação e com todos os setores públicos do nosso país. A criminalização da política é só mais um passo desse enredo.

A novidade nos últimos anos é um agente diferente que entrou para contribuir com essa tarefa. O poder judiciário! Com seus tentáculos no Ministério Público, Polícia Federal, Juízes entre outros. A dobradinha judiciário x mídia tem rendido aos brasileiros um verdadeiro show business de entretenimento. O chamado pão e circo, com direito a animadores de palco.

Com esse texto não quero de forma alguma isentar políticos corruptos e lacaios do capital nacional e internacional, aliás muito dessa superexposição são também de responsabilidade deles ao não se darem ao respeito, basta acompanhar as sessões da Câmara e do Senado Federal. Além de saber que muitos dos nossos políticos estão envolvidos com esquemas de corrupção e em alguns casos até pior, com tráfico de drogas e outras nuances do submundo do crime.

No entanto a justiça serve exatamente para isso: Investigar, apurar, responsabilizar e punir os culpados. A prisão de Garotinho e Cabral foram apenas uns dos exemplos desse espetáculo midiático, ressalvando as condutas duvidosas que todos nós sabemos dessa dupla, a condenação não pode ser feita por manchetes e holofotes.

A cena de Garotinho sendo colocado na ambulância e as imagens de Cabral careca na cela me lembram a Roma Antiga, onde os criminosos eram colocados para se digladiarem nas arenas até que um deles fossem ferozmente mortos, para alegrar ao público que assistia. Não importa aqui se ele tem culpa ou não, importa sim o que nossa constituição assegura, princípio da dignidade humana.

As instituições da república precisam funcionar, sem espetáculos, sem heróis, sem midiatizações, sem powerpoints e holofotes, mas com responsabilidade, atendendo a ética do interesse público.

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