O fim das utopias
No momento extremado que o país vive, vejo sistematicamente defesas inflamadas de teorias utópicas a nível econômico
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Amigos, é um honra escrever para vocês. E fico feliz de poder dar minha contribuição em diversos pontos que julgo pertinentes, pois a nossa luta como sociedade deve ser sempre trazer mais e mais pessoas para a nossa construção de país, trazendo a lógica e a razão para o debate.
No momento extremado que o país vive, vejo sistematicamente defesas inflamadas de teorias utópicas a nível econômico. Apesar de achar todas essas experiências como algo válido para o nosso crescimento como sociedade, jamais aprovaria seguirmos um caminho que não tenha tido sua eficácia comprovada em outro local. E podem acreditar, existem muitas ideias utópicas tanto no que se convencionou chamar de direita como na esquerda.
A maioria de vocês provavelmente não sabe, mas existe uma discussão teórica para abolição do monopólio do controle estatal da moeda. A linha de raciocínio é a seguinte: todo monopólio é errado, logo o estado não deve ter o monopólio na emissão de moeda, qualquer um pode fazer a sua moeda, desde que tenha credibilidade para tal, com isso num mesmo pais poderia haver diversas moedas, é uma ideia totalmente ligada à escola austríaca, proposta por F.A. Hayek.
Os defensores dessa e outras tantas proposta mostram um monte de benefícios, mas vocês podem me perguntar, você concorda?
Não mesmo, e sabem por quê? Esse tipo de ideia nunca foi colocado em prática em local algum do mundo e é uma insensatez e desonestidade colocar isso num país pobre e cheio de miséria como o nosso. Não temos o direito ao erro.
O mesmo vale para ideias que aumentem o coletivismo ou populismo extremado, que sempre num primeiro momento podem se mostrar atrativas mas a longo prazo sempre se mostram inviáveis, não existe almoço grátis e isso serve para todos, para todos esses defensores de tais ideias, lembro mais uma vez que nosso país é pobre, com muitas malezas, e não temos o direito de trilhar um caminho desconhecido, sabendo que existem amplas pesquisas internacionais mostrando o melhor caminho a seguir, devemos deixar o emocional de lado e nos guiar pela razão, pois o que a maioria do nosso povo quer é trabalhar e ser feliz, por isso vamos ter menos utopia, deixemos os ensinamentos positivista entrarem em nossa vida.
Temos ainda uma população jovem mas em alguns anos seremos um país senil com nível renda média em termos mundiais, e os desafios serão gigantes para a nossa sociedade, vamos envelhecer antes de enriquecer, com todas os desafios que teremos que enfrentar com a nossa previdência, por isso o debate tem que ser colocado com racionalidade e foco, sem fugimos do ponto central sobre pena de prejudicarmos a imensa maioria do povo do nosso país.
Qual será o futuro da nossa previdência social?
Hoje, a previdência consome 22,7% da despesa total do governo brasileiro. Uma pesquisa internacional apontou que os gastos previdenciários (setor público e privado) equivalem a 11% do PIB no Brasil e a 6% do PIB nos EUA, sendo que a proporção da população norte-americana acima dos 60 anos (16% da população total) é o dobro da brasileira (8% da população total).
Atualmente, 24,1% da população brasileira é menor de 14 anos. Em 1991, a representatividade dessa faixa etária era de 34,7%. Outro fenômeno verificado é o aumento contínuo da representatividade de idosos. Segundo o Censo 2010, 7,4% da população têm mais de 65 anos, contra apenas 4,8% em 1991
Segundo o IPEA nossa população vai parar de crescer em 2030, sim daqui a 15 anos, estaremos com a população estagnada.
O número de filhos que, em média, cada mulher brasileira tinha em 2007 é insuficiente para repor a atual população brasileira. Isso quer dizer que daqui a 15 anos a população brasileira irá parar de crescer e, consequentemente, a partir dai iremos começar a diminuir.
Diante desse cenário surgem novos desafios, em especial para a previdência.
Despesas da previdência em relação ao PIB.
Sim meus caros, a situação é insustentável, e nessa conta não está incluído os servidores públicos, logo a conta não fecha.
Existem 2 saídas para essa situação ou o país vira uma China e cresce mais, o que não vejo como possível, ou faz a reforma de previdência, quer queiramos ou não é o que vai acontecer.
Outra polêmica via seria o possível incentivo à imigração, tema esse cercado de preconceito, em que pretendo abordar em breve com mais clareza mostrando os benefícios da mesma.
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