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Carlos Eduardo Araújo

Bacharel em Direito, mestre em Teoria do Direito e professor universitário

17 artigos

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O genocídio cultural sob Bolsonaro

A decomposição da cena cultural e educacional brasileira passa pelo aparelhamento de importantes órgãos federais, que passam a ser geridos por pessoas desqualificadas, boçais e grotescas e que representam uma deletéria ideologia destrutiva de extrema direita.

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
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O GENOCÍDIO CULTURAL SOB BOLSONARO

Ingressamos no segundo ano do desgoverno de Bolsonaro e o cômputo dos danos e malefícios provocados, nos mais variados setores da vida nacional, segue em curva ascendente, com o desmantelamento do que restou do Estado do Bem-Estar-social, com graves prejuízos aos direitos trabalhistas e a empregabilidade, à Saúde, à Previdência Social e à Educação. Além da devastação do meio ambiente, dos inomináveis retrocessos na política externa brasileira e na deterioração do ambiente político interno. 

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Vou me ocupar, neste momento, do aviltamento, em vertiginosa marcha, da cultura e educação brasileiras, que são vistas, pelos atuais ocupantes do poder, como ameaças ao seu projeto retrógrado, autoritário e obscurantista, uma vez que a educação e a cultura fomentam e produzem a massa crítica, tão necessária para fazer face aos desmontes que vão sendo gerados e consolidados, durante estes tétricos meses, sob o desgoverno de Jair Bolsonaro. 

A decomposição da cena cultural e educacional brasileira passa pelo aparelhamento de importantes órgãos federais, que passam a ser geridos por pessoas desqualificadas, boçais e grotescas e que representam uma deletéria ideologia destrutiva de extrema direita. 

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Reportagem do jornal inglês “The Guardian”, publicada no último dia 02 de janeiro do corrente ano, destaca, principalmente, os perfis de Filipe Martins, Roberto Alvim, Sérgio Camargo e Dante Mantovani, que se situam nos escalões inferiores da hierarquia governamental bolsonarista. Colhe-se da matéria jornalística o seguinte "Eles parecem ter sido escolhidos pelo seu QI: isto é, seu quociente de imbecilidade, incapacidade, idiotice, incompetência ou impiedade”.

Todavia, os qualificativos depreciativos, verbalizados pelo aludido jornal, aplicam-se, igualmente, a quase todo o estafe escolhido por Bolsonaro, para formar seu governo. Mesmo no que diz respeito ao primeiro escalão, a exemplo de Damares Alves, Ernesto Araújo, Abraham Weintraub e Sérgio Moro é pertinente e aplicável a mesma assertiva.  Ouvido pela reportagem, o jornalista Mauro Ventura arrematou: “Diga o que quiser sobre Bolsonaro, mas é preciso reconhecer seu raro talento em escolher as pessoas mais desqualificadas, lunáticas e/ou perigosas para os empregos”.

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A expugnação dos cargos da administração pública federal em curso, vide as recentes exonerações dos principais dirigentes da Fundação Casa de Rui Barbosa, tem o objetivo de fazê-los ocupar, com toda certeza, por “pessoas mais desqualificadas, lunáticas e/ou perigosas”, cujos perfis já vem sendo denunciados há meses, por amplos setores da Cultura e da Educação e agora ratificados pela reportagem do jornal britânico. Estamos a assistir ao desdobrar das “invasões bárbaras”, que ocorreram no ano de 2019 d.C., com a ensandecida horda bolsonarista chegando ao poder e, ato contínuo, dar início à destruição de tudo aquilo que a cultura clássica levou milênios para edificar, no seio da civilização ocidental, cujo legado somos neófitos destinatários.

Com o objetivo de promover a estruturação e o  desenvolvimento de nefastas diretrizes protofascistas de ação, nas searas da Cultura e da Educação, os cargos públicos nestes setores, vão sendo amesquinhados e desvirtuados de seus objetivos institucionais. Como num escarnecido paradoxo, os órgãos de fomento à cultura e educação nacionais, como a atual Secretaria de Cultura, antes Ministério, Ancine, Funarte, Fundação Biblioteca Nacional, Fundação Palmares, dentre outros, passaram a ser gestados, ideologicamente, por pessoas que, como já se disse, são destituídas dos mais comezinhos conhecimentos nas respectivas áreas, ostentando uma medíocre formação cultural e educacional, mas alçadas a tais postos para os implodirem de dentro. São verdadeiros Cavalos de Tróia de uma amalucada batalha ideológica. O que, infelizmente, vai ao encontro do projeto anacrônico dos atuais ocupantes do poder. 

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