O golpe continua: ódio, delírio e estupidez
Ao que parece, a estupidez de uma parcela da população brasileira ainda permanece no ódio infantil debiloide imaginário à figura do ex-Presidente Lula, aquele mesmo que os retiraram das correntes da senzala
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Pode-se assistir, ainda em curso, a um fenômeno bastante interessante, para não dizer lamentável, aos que ainda não se apartaram de suas raízes históricas e culturais e, portanto, conseguem enxergar além dos seus próprios umbigos.
Desde o início do segundo turno da campanha eleitoral para presidente da República do ano de 2014, viu-se um verdadeiro recrudescimento do ringue de luta inaugurado pelos opositores da Presidente Dilma e do ex-Presidente Lula.
Independentente de siglas partidárias, erigiu-se uma verdadeira campanha difamatória e leviana contra o governo da situação, focando no emblemático escândalo de corrupção da operação Lava Jato. Até parece que ali nasceu a corrupção neste país.
O que de fato aconteceu no cenário social e político do País após o governo democrático e social de Lula foi uma maior distribuição de renda, diminuição do nível da pobreza e mais comida na mesa do trabalhador e das classes menos favorecias que foram duramente massacradas durante os governos anteriores.
Se se presta mais atenção, não havia nem automóveis nas ruas para causar os congestionamentos nas pequenas cidades. Nunca se houve tanta gente estudando e trabalhando. Sem contar as políticas de reinserção da arte, da cultura, da cidadania, do negro, do nordestino, da mulher...
As nossas origens indígenas e africanas foram associadas ao nosso presente, pois delas estávamos apartados pelos elitistas e pela pobreza de espírito de uma burguesia déspota e sub-reptícia, aquela mesma que bateu panelas, esverdeou e amarelou as ruas no pró-impeachment (Golpe) da Presidente Dilma.
Esse delírio de autoexclusão de si mesmas, operado pelas ditas elites brasileiras, negando o seu sangue afro e a sua cara-pálida miscigenada, não deixa de ser coisa para inglês ver. “São caboclos querendo ser ingleses” (Música Burguesia – Cazuza). Na sua grande maioria, são sujeitos hedonistas, que não suportam um pouquinho da angústia do nada, do ser-para-a-morte que somos. Necessitam do prazer agora, custe o que custar, nem que seja através do ódio e do ressentimento, pois não conseguem enxergar além de seus próprios umbigos.
Dissociados da história e da origem do povo desta nação, detestam ver e compartilhar os seus prazeres nos aeroportos, nos shoppings, nos jóqueis e por toda a pólis com os negros, nordestinos e outros mais que foram por elas excluídos na época dessas elites no poder.
Hoje, mesmo depois da consumação de um Golpe na Presidente Dilma - portanto, Golpe na Democracia e na República -, essa parcela ignóbil e antidemocrata da população brasileira não conseguiu deixar de lado o seu preconceito e a sua arrogância, permanecendo em seu amor negativo (ódio) ao ex-Presidente Lula, insuflando e disseminando “fezes” pelos quatro cantos do País, num revanchismo jamais visto, demonstrando uma profunda ignorância acerca da sua própria História e uma completa e perigosa falta de discernimento intelectual para compreender os mecanismos ideológicos perpetrados por uma pequena elite.
Já não se sabe o que é pior; o país tornou-se uma nação que denega a si mesma enquanto raça, delira sem a menor noção da destruição em seu próprio movimento de auto-exclusão.
Com a vitória do revanchismo irresponsável do Golpismo, culminado em parte em 2016, com a deposição da Presidente Dilma, sublevou-se ao Poder, com a participação gloriosa das Organizações Globo, aquilo de mais sombrio e escabroso que estava na origem do Golpe: os maiores ratos da história de nosso país, envolvidos em escândalos diários de corrupção e barbárie.
Ao que parece, a estupidez de uma parcela da população brasileira ainda permanece fixada no ódio infantil debiloide imaginário à figura do ex-Presidente Lula, aquele mesmo que a retirou da corrente da senzala.
O mais impressionante ainda por parte dessa estúpida massa manipulada é a sua cegueira política, sendo bastante útil a pequenos candidatos fascistas, como um Jair MESSIAS Bolsonaro da vida (melhor dizendo, da morte), o atual Salvador da Pátria delirante das bestas niilistas.
Assim sendo, não será difícil colocar no Poder novamente, via Golpe de uma pequena elite manobrista, aquilo que será o tiro de misericórdia na nossa Pátria, atualmente um verdadeiro Estado de Exceção, contudo ainda sem a violência bélica pesada.
A etapa derradeira do Golpe será a possível prisão do ex-Presidente Lula, atual líder absoluto em todas as pesquisas de intenção de votos para o pleito presidencial de 2018 ou a sua inelegibilidade através da pena judicial da republiqueta de Curitiba.
Difícil assistir ao Brasil de Temer e a sua corja. Todavia, nem que seja em forma de texto, é preciso protestar e se manifestar, mesmo se sabendo que o ódio, o delírio e a estupidez parecem ser, lamentavelmente, incuráveis...
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