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      Lincoln Sousa

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      O golpe dos bancos

      Os banqueiros são reis. E o Brasil foi entregue a eles, de bandeja, pelo “governo” golpista. Hoje, o Banco Central do Brasil é literalmente comandado por um banqueiro, que representa os interesses dos grandes bancos, nacionais e estrangeiros

      Brasília - O novo presidente do BC, Ilan Goldfajn participa da Cerimônia de transferência do cargo de presidente do Banco Central (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) (Foto: Lincoln Sousa)

      A Humanidade vive sob o domínio de um sistema baseado no capital. E no centro desse sistema estão os bancos. Eles são os principais fomentadores e, ao mesmo tempo, beneficiários do Capitalismo. Não existe outra organização no planeta que tenha lucros maiores do que os deles. E nenhuma empresa ou indústria recebe tantos benefícios e mordomias dos governos quanto os bancos.

      Os bancos fomentam a concentração da riqueza; uma das consequências naturais do Capitalismo. E, para isso, eles são capazes de saquear países inteiros. No Brasil, por exemplo, mais de 40% do orçamento da união é destinado, TODOS OS ANOS, para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública. E o curioso é que essa dívida nunca sofreu uma auditoria séria e detalhada.  Para ter-se uma base de comparação, a porcentagem destinada à saúde e à educação, juntas, gira em torno de 7% a 8% do orçamento anual da união. Basta olhar essas porcentagens para entender que a solução para cortar (efetivamente) gastos não está em reduzir o orçamento previsto para a educação e a saúde, como defende o “governo” golpista, mas realizar uma auditoria da dívida pública e acabar com essa sangria causada pelos bancos e rentistas.

      Iniciativas populares, como o movimento “Auditoria Cidadã da Dívida”, tentam remediar os danos que a dívida pública causa ao país e à população brasileira, defendendo uma auditoria total da mesma. Essa dívida é, sem dúvida, um dos principais impedimentos para que o país alcance uma real justiça social e um desenvolvimento sustentável.

      Os bancos tiveram lucros exorbitantes durante todas as crises internacionais das últimas décadas. Muitos banqueiros e especuladores foram, inclusive, acusados de ajudar a provocar essas crises. Portanto, esses lucros não foram somente uma “feliz” coincidência para os banqueiros. Especulações, manipulações financeiras e todo tipo de falcatrua são utilizados para potencializar os lucros dos bancos e, consequentemente, prejudicar boa parte da população.

      A população, em geral, é a que mais sofre nas mãos dos bancos. Cobranças de taxas, tarifas e comissões absurdas, juros estratosféricos, quase impagáveis, são algumas das ferramentas que os bancos usam para explorar, ao máximo, o cidadão. E os governos, assim como organizações de defesa do consumidor, dificilmente conseguem lutar contra esse abuso gritante.

      As taxas de juros absurdas que são aplicadas no Brasil não são uma fatalidade. Não existe motivo justo para que elas sejam tão altas. Isso só acontece para beneficiar, ainda mais, os bancos e alguns poucos rentistas. A população não é obrigada a aceitar isso. O povo tem o direito de exigir que as autoridades revejam a política de juros do país e exigir dos bancos taxas mais realistas e justas. Porque se o povo aceita esse crime calado, os bancos vão continuar com essa mesma posição, indefinidamente.

      É interessante ver propagandas dos bancos na mídia. Sempre com um ar familiar, honesto e prestativo. Como se fossem instituições realmente preocupadas com o bem-estar das pessoas. É como ver propagandas de “fast food” e de refrigerante. Eles são comprovadamente impróprios para o consumo humano, mas sempre apresentam comerciais com gente feliz e saudável consumindo-os.

      Se a população realmente soubesse como funciona o sistema bancário e o impacto que ele tem na Humanidade e no planeta, haveria uma revolta mundial que mudaria radicalmente o curso da História e do próprio sistema capitalista. A realidade é que os bancos matam mais pessoas do que qualquer vírus ou bactéria.

      Alguns países nórdicos, onde imperam as “sociais democracias”, são exemplos de como os bancos podem ser usados para servir à população, e não o contrário. Contudo, esse “modelo” não interessa aos banqueiros que, ano após ano, veem os seus lucros aumentarem, exponencialmente, às custas do sofrimento de bilhões de pessoas em todo mundo.

      Os banqueiros são reis. E o Brasil foi entregue a eles, de bandeja, pelo “governo” golpista. Hoje, o Banco Central do Brasil é literalmente comandado por um banqueiro, que representa os interesses dos grandes bancos, nacionais e estrangeiros. Até quando a população vai continuar aceitando tudo isso?  Difícil saber. Mas está claro que quando povo finalmente cansar de pagar para ser explorado e oprimido, a “primavera” dos bancos acabará.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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