O homem que nunca brochou
O jornalista Alex Solnik destaca que Ziraldo foi um frasista nato, que será para sempre lembrado também pelo que disse a Ruy Castro, na Playboy de abril de 1980
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Dizer que Ziraldo foi o maior em tudo o que fez com papel e lápis é chover no molhado, basta olhar a sua coleção incomparável de obras - e incomparável, aí, não é força de expressão, é a realidade, quem mais produziu tanto e tão bem para adultos, jovens e crianças como ele?, não adianta procurar no google, você não vai achar, e olha a concorrência que ele teve, gênios do desenho e do humor, como Millôr, Chico, Paulo Caruso, Henfil, Laerte, Angeli, Fortuna, Alcy, Claudius, Borjalo, tantos mais, só que ele conseguiu a façanha de ser o ídolo dos jovens do sexo, drogas e rock’n’roll, das Diretas Já, do faça amor, não faça a guerra e das crianças de todas as idades, ele foi Monteiro Lobato, Mauricio de Souza, Xuxa, tudo ao mesmo tempo, ele foi gibi e foi Pasquim, suas obras dão uma biblioteca inteira, de A a Z, mas ele era sobretudo um cara engraçado (como não ser se já nasceu com esse nome que ninguém mais tem?), um frasista nato, aquele cara que todo mundo quer entrevistar porque sabe que vai dar samba, e nesse quesito ele também foi o maior, e é lembrado até hoje (e será para sempre) pelo que disse a Ruy Castro, na Playboy de abril de 1980:
“Sabe, minha vida não daria um bom romance, porque falta tragédia, falta drama na minha existência. Por exemplo: eu nunca brochei”.
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