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Ediel Ribeiro

Jornalista, cartunista e escritor

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O manifesto de Bolsonaro

Li o manifesto de Bolsonaro. É bem curto, até porque o presidente tem dificuldades em escrever qualquer coisa que tenha mais de uma linha

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Carla Carniel)
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Rio - Após o ‘manifesto’ da USP em defesa do Estado democrático de direito, o presidente Jair Bolsonaro fez sua própria ‘cartinha’ no Twitter.

O documento do capitão veio na mesma semana em que  juristas, artistas, escritores, empresários, banqueiros, intelectuais e profissionais de diversas áreas lançaram uma carta em defesa da Democracia, que já tem mais de 500 mil assinaturas.

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Li o manifesto de Bolsonaro. É bem curto, até porque o presidente tem dificuldades em escrever qualquer coisa que tenha mais de uma linha e, dizem, Michel Temer foi aconselhado a não escrever.

Diz o texto:

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“Por meio desta, manifesto que sou a favor da democracia.

Assinado: Jair Messias Bolsonaro, Presidente da República Federativa do Brasil.

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O texto, em sua única linha, contradiz tudo o que o presidente fez em três anos e sete meses de governo. O presidente, quando não está dormindo ou participando de motociatas, passa o tempo ameaçando a democracia, as eleições, desacreditando as urnas eletrônicas e insinuando ter submetido as Forças Armadas e a polícia ao seu projeto de tentar se perpetuar no poder. 

A megalomania do presidente, como o seu cartão corporativo, não tem limites.  

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Dessa vez, atingiu níveis internacionais. Cansado dos ‘micos’ domésticos, o capitão, nos últimos dias, reuniu embaixadores de dezenas de países, para deixar implícito que  as urnas não são confiáveis e que contestaria até a realização das eleições. “Não podemos realizar eleições sob o manto da desconfiança”, disse.

O abaixo assinado do capitão já soma mais de mil signatários, entre eles, 700 ‘robôs’ do Carluxo  e mais Paulo Cintura, o comediante Carioca, Regina Duarte, Antonia Fontenelle, Chrystian, Sérgio Reis e todos os cantores sertanejos que são contra a ‘Lei Rouanet’, mas se beneficiaram dos cachês milionários pagos pelas prefeituras com verbas da saúde e da educação.

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- No tocante a esse negócio aê de cartinha, eu não li o documento e não gostei. Não li porque tinha muitas letrinhas e depois, hoje em dia ninguém mais lê carta, nem o Stevie Wonder - disse o presidente.

Na tentativa de desacreditar o manifesto da USP - que já conta com a adesão da Fiesp, dos movimentos sindicais e até do mercado financeiro - contra os ataques de seu governo, à democracia e as instituições, Bolsonaro disse que o documento é uma represália ao Pix, criado por ele, que tem tirado dinheiro dos banqueiros.  

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Mais uma mentira do Capitão. 

O sistema de pagamento instantâneo começou a ser criado por técnicos do Banco Central, antes do governo Bolsonaro; assim como a transposição das águas do São Francisco, que ele diz ter feito mas que, na verdade, 90% foi obra do governo do PT. Bolsonaro só fez 10%.

Mas isso é história para outro manifesto, o das ‘mentiras deslavadas’.

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