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Valéria Guerra Reiter

Escritora, historiadora, atriz, diretora teatral, professora e colunista

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O mercado não tem empatia. Vida e morte brasileira

É impossível não refutar a atitude malsã que colocou em sala de aula presencial, no último dia 25 de outubro, cem por cento do corpo docente e discente em salas (insalubres) de aula. Já há casos de COVID, em Escolas de Petrópolis, de alunos e professores. Isso é óbvio que aconteceria, não precisamos de bola de cristal para saber

(Foto: © Arquivo/Agência Brasil)
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Neoliberais, tão arcaicos, tão démodés, desfilam na passarela do poder simbólico e usurpador. Regentes de uma orquestra geradora de desigualdades. No cume, uma concentração de riquezas diverte meia dúzia de magnatas e marajás do ócio. O capital se tornou uma fera, um monstro; ao mesmo tempo temido e idolatrado. A vitrine do capitalismo exibe vivos e mortos. Há um cheiro de enxofre no ar. Golpes e golpismos são elaborados e regados à whisky Royal sallute; no Brasil tudo parece acabar em pizza. Porém, a Torre (campanário), na cidade de Pisa, na Itália, não tem nada a ver com isso.

Dos porões, onde jazemos acorrentados, só as sombras da maldade humana são vistas. O prisioneiro na caverna sou eu, e pode ser você. Muitas mentes brilhantes estão escondidas (roendo os ossos) que sobraram nas lixeiras da vicissitude desnecessária, que na verdade alavanca esta máquina mortífera que exclui milhares para incluir centenas. 

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Não cansarei de repetir: tudo muito bem combinado. Tudo forjado, mas não por inteligências supremas, e sim, por acumuladores espertalhões. A chibata virou símbolo, e o conhecimento o poder, que de certa forma liberta. O tecnicismo não dá asas (Valéria Guerra Reiter), porém seu mecanicismo encanta o cãozinho de Ivan Pavlov: que saliva, saliva, e saliva...ao toque da sineta do neoliberalismo. Condicionados à uma eterna esperança de que tudo irá melhorar, a população segue entoando canções que retroalimentam suas esperanças infundadas.

Ao falarmos do Brasil, é impossível não refutar a atitude malsã que colocou em sala de aula presencial, no último dia 25 de outubro, cem por cento do corpo docente e discente em salas (insalubres) de aula. Já há casos de COVID, em Escolas de Petrópolis, de alunos e professores. Isso é óbvio que aconteceria, não precisamos de bola de cristal para saber.

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A ação do sindicato é de condicionados de Pavlov. O governo do Estado, na pessoa do governador, no último dia 15 de outubro: Dia do Professor, tocou a sineta, pensando fielmente que o professorado babaria e aguardaria o prato com o auxílio tecnológico de 3.000 reais quentinho e prometido pelo executivo estadual para ser pago em novembro, e que não veio...Claro, que esta foi a isca para conformar esta classe com o anúncio que chegou dez dias depois: Volta às aulas 100% ao ensino presencial, sob pena de corte salarial, caso haja ausência do profissional e do aluno.

Ao escrever estas linhas, eu custo a acreditar, mas é antigo, medieval e de cunho neonazista ao mesmo tempo. Nos faz lembrar do pogrom da noite dos Cristais, em 1938, na Alemanha. Em plena pandemia, enviar professores (mal remunerados) sob risco de corte de ponto, é incendiar suas vidas. Lamentável. E é assim de pogrom em pogrom quea galinha/mercado vai enchendo o papo. Sua mão que antes era invisível, agora usa luvas, para não se sujar com o sangue dos incautos que acreditaram e acreditam em sua “empatia meritocrática”. Que criou a ideologia perversa: de que uns nascem para “brilhar” e outros nascem para “sofrer”.

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