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Ricardo Nêggo Tom

Cantor, compositor, produtor e apresentador do programa Um Tom de resistência na TV 247

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O miliciano autocrata e o seu bandido de estimação

O psicopata neoliberal que nos governa é capaz de promover uma guerra civil para se manter no poder

Jair Bolsonaro e Daniel Silveira (Foto: Reprodução)
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Bolsonaro acaba de dar um golpe pré-datado na democracia. O perdão presidencial concedido ao seu bandido de estimação, o ainda deputado Daniel Silveira, é apenas uma demonstração do que ele planeja fazer durante as eleições. Lula que cuide de aumentar a sua segurança pessoal. O jogo não é mais democrático, e, ao que tudo indica, pode ser decidido fora das quatro linhas. Mas não é apenas Lula que corre risco de vida. O psicopata neoliberal que nos governa é capaz de promover uma guerra civil para se manter no poder.

E ele já manifestou essa intenção quando era deputado federal, e sugeriu fuzilar o ex-presidente Fernando Henrique em praça pública e matar, no mínimo, “uns 30 mil” para dar um jeito no país. O problema que se avizinha após essa decisão antidemocrática tomada pelo soberano e prepotente dirigente desta república de bananas, pode ter consequências apocalípticas para a nossa sociedade. É o resultado de entregar o país nas mãos de um miliciano autocrata travestido de defensor da moral e dos bons costumes. Um narcisista que não sabe lidar com suas frustrações e é capaz de tomar as atitudes mais sórdidas para mostrar que exerce o poder acima de tudo e de todos.

Já prevendo a sua derrota nas eleições de outubro, e temendo ser preso por todos os crimes que cometeu durante o seu mandato, o insano capitão recorrerá à sua tropa de delinquentes disfuncionais, que, devidamente armados graças aos seus decretos de flexibilização do uso de armas, sairão pelas ruas materializando a distopia que permeia os seus discursos e comportamentos. Uma gente que nunca escondeu a sua sede de sangue e o seu descaso pela vida humana. Uma gente que louva a tortura e metralha opositores. Uma gente que ama o ódio, romantiza a violência e tem orgasmos com a morte.

Os crimes cometidos por Daniel Silveira são graves, mas não se assemelham aos que foram cometidos por Bolsonaro. Natural que o presidente concedesse o perdão a quem é menos criminoso do que ele. Silveira ameaçou fazer. Bolsonaro fez. Sua irresponsabilidade e negligencia na gestão da pandemia, provocou a morte de mais de seiscentas mil pessoas. Sua incompetência administrativa e o seu desprezo pelos mais pobres, levou 19 milhões de brasileiros à fome e a miséria. Seu conceito distópico do que seja ética e moralidade, ignorou vários escândalos de corrupção em seu governo e o fez comemorar t rês anos de honestidade imaculada.

Ao dizer que houve uma comoção popular em torno da condenação de um indivíduo que, por meio de graves ameaças, tentou impedir o exercício do poder judiciário, coagiu autoridades durante o processo e incitou o povo a agredir ministros do STF, Bolsonaro legitima todo e qualquer tipo de afronta e de violência, não apenas contra o judiciário brasileiro, como a qualquer outra instituição. Se o que Daniel Silveira fez é liberdade de expressão, podemos dizer que Adélio Bispo apenas estava exercendo a sua, quando esfaqueou o então candidato à presidência cujo discurso n&atild e;o lhe agradava. Vamos normatizar crimes sob a égide da liberdade de expressão?

Em um ano atípico onde o carnaval caiu em abril, podemos já estar às vésperas de uma ditadura. E não costuma haver mais feriados durante regimes de exceção. A quaresma é eterna e o jejum é de liberdade. O país já viu esse filme antes, e, até hoje, chora às cenas mais violentas desse drama. Um indulto que soa como insulto ao STF, às instituições democráticas e ao povo brasileiro. Bolsonaro segue a sua sanha auto persecutória. Agora, tem nos ministros do STF que condenaram Daniel Silveira, outros 10 potenciais esfaqueadores do seu intestino podre e debilitado. Mais 10 inimig os imaginários para ele combater com a sua autoridade “imbrochável” e se defender de suas “ameaças” com a sua doentia vitimização sociopata.

Bolsonaro municiou os seus seguidores alucinados e os convidou para agir conforme a estupidez que lhes alimenta a alma. Comparando Silveira à Jesus Cristo, a caterva diabólica que incensa o presidente comemora o que eles consideram uma “ressurreição”, diante da perseguição e tortura psicológica sofridas pelo parlamentar nas mãos do STF. Se Jesus é a referência desse gado ruminante, o fim do mundo está bem mais próximo do que se imagina. O capitão cloroquina dobrou a aposta e alguém precisa desafiá-lo nessa jogada. Talvez, seja hora de o povo quebrar a banca e mostrar quem verdadeira mente manda em um pais democrático. As cartas estão sobre a mesa e o adversário a ser batido joga sujo. Não é hora de blefe. O momento é de reação.

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