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O neoliberalismo é anacrônico. Pensar com a MMT ( I )

Os liberais foram derrotados porque adotaram um dogmatismo monetário quantitativista equivocado. Tentaram combater a inflação promovendo um aperto da liquidez. O resultado foi sempre o mesmo: recessão, desemprego e crise bancária

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O discurso da mídia corporativa dos banksters é uníssono, vazio de debate, calcado num discurso antigo, com alguns dogmas como:

1. O Estado é como uma família, não pode gastar mais do que arrecada.

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2. Se gastar mais deverá emitir dinheiro.

3. A criação de dinheiro é feita pelo Banco Central

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4. A emissão de dinheiro gerará inflação.

Vamos demonstrar que este discurso é anacrônico. Até o liberal Lara Resende, em artigo recente no Valor Econômico, diz que este caminho do Tchutchuca dos banksters, um Chicago Old de tão defasado, está fadado ao fracasso:

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Os liberais foram derrotados porque adotaram um dogmatismo monetário quantitativista equivocado. Tentaram combater a inflação promovendo um aperto da liquidez. O resultado foi sempre o mesmo: recessão, desemprego e crise bancária. Expulsos do comando da economia pela reação da sociedade, seus defensores recolhiam-se para lamentar a demagogia dos políticos e a irracionalidade da população. Quase sete décadas depois de Gudin, os liberais voltam a comandar a economia. O apego a um fiscalismo dogmático e a um quantitativismo anacrônico pode levá-los, mais uma vez, a voltar para casa mais cedo do que se imagina.

Devemos lembrar que o Tchutchuca possui um banco especializado em gerenciamento de fortunas com filiais em 28 paraísos fiscais, como nos informa Dowbor. Como alguém que orienta pessoas a sonegar impostos pode ser o responsável pela arrecadação tributária? Como os militares, os herdeiros de Frota, do qual Heleno era ajudante de ordens, que se opunham a abertura lenta, gradual e progressiva de Geisel nacionalista aceitam isto? Dowbor também nos lembra que há uma estimativa de US$ 540 bilhões de dólares de brasileiros que não foram repatriados, que não pagaram impostos, ainda no exterior. Como os militares do grupo das MOUT( Militar Operation on Urban Terrain ) do Haiti compactuam com alguém que trabalha pela sonegação de tributos ? Querem implantar uma ditadura lenta gradual e progressiva para conter o caos que uma gestão Tchutchuca de concentração de renda por despossessão provocará, um novo Haiti será aqui? Então já estarão a postos. Um Haiti levará algum tempo mas um Argentina Macririzada está logo ali.

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Lara Resende lembra um conceito de Abba Lerner ( 1943 ) que falava de Finanças Funcionais, retomado pelos democratas americanos AOC/Bernie Sanders. Eles estão propondo fazer um Green New Deal, um novo pacto verde, com pleno emprego, assistência médica para todos, ensino universitário gratuito, cancelamento de dívidas dos universitários, tudo isto sem aumentar impostos, baseados na MMT, Modern Money Teory que diz o seguinte.

O novo paradigma macroeconômico

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1. A moeda fiduciária contemporânea é essencialmente uma unidade de conta

O primeiro pilar do novo paradigma macroeconômico é a compreensão de que moeda fiduciária contemporânea, não mais lastreada em ouro mas na confiança, é essencialmente uma unidade de conta. Assim como o litro é uma unidade de volume, a moeda é uma unidade de valor. O valor total da moeda na economia é o placar da riqueza nacional. Como todo placar, a moeda acompanha a evolução da atividade econômica e da riqueza.

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Moeda e impostos são indissociáveis. A moeda é um título de dívida do Estado que serve para cancelar dívidas tributárias. Como todos os agentes na economia têm ativos e passivos com o Estado, a moeda se transforma na unidade de contabilização de todos os demais ativos e passivos na economia. A aceitação da moeda decorre do fato de que ela pode ser usada para quitar impostos.

O governo não precisa adquirir moeda para gastar, mas, obrigatoriamente, cria moeda ao gastar. O governo não está sujeito a uma restrição financeira, como os demais agentes econômicos, está sujeito exclusivamente à restrição da capacidade produtiva da economia. Do ponto de vista macroeconômico, os impostos são cobrados, não para financiar os gastos do governo, mas para abrir espaço para os gastos do governo, sem que haja pressão excessiva sobre a capacidade produtiva. A distinção é mais importante do que parece, pois só há necessidade de tributar quando não há espaço na capacidade produtiva da economia para acomodar o gasto público. Se a economia tem capacidade ociosa, não há porque tributar para financiar gastos públicos. Esta é a conclusão lógica do Cartalismo, que confirma a intuição dos que sustentam que a política monetária pode evitar, como o QE ( quantitative easing – flexibilização quantitativa ) efetivamente evitou, uma depressão, mas só a política fiscal pode levar à recuperação da atividade econômica.

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