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José Augusto Valente

Diretor-Presidente da Valente Consultoria e Projetos de Engenharia Ltda. Foi Presidente do DER-RJ e Secretário de Política Nacional de Transportes/MT

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O papel da chuva é chover!

Chamam a isso de desastres naturais. E sabem quem é apontada como responsável por essas imagens do inferno?

Chuvas em Petrópolis, no Rio de Janeiro (Foto: ABr | Reuters)
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Entra ano, sai ano, cidades sofrem grandes inundações e, em algumas, pedras e argila dos morros deslizam, destruindo total ou parcialmente as vidas de milhares de cidadãos, cidadãs e animais dito irracionais. Chamam a isso de desastres naturais. E sabem quem é apontada como responsável por essas imagens do inferno? 


Acreditem, a chuva!!!Como qualquer criança sabe, o papel da chuva é chover, com maior ou menor intensidade e volume d’água, mas seu papel é chover. E esse papel é importante para garantir a manutenção da vida animal e a produção de alimentos e flores, entre muitas outras coisas boas.Mas a chuva não tem culpa se governos – municipais, estaduais ou nacional – criam ou permitem situações que impedem que as águas da chuva possam se infiltrar nos solos – arenosos em maior ou menor grau –, percolando dignamente para formar os lençóis freáticos, fundamentais para a vida dos animais e vegetais deste planeta.A chuva também não tem culpa se governantes criam ou permitem situações que impedem que as águas das chuvas possam abraçar e beijar longa e demoradamente as árvores, matas, flores e macegas – jóias raras nas cidades –, e com isso impedir que seus elevados volumes de água se desloquem na velocidade da luz, ladeira abaixo.A chuva, menos ainda, tem culpa se governantes criam ou permitem situações que estimulem que elevados volumes das suas águas, ao cair nas ruas, telhados e outras superfícies impermeáveis, se desloquem com muita rapidez para rios e canais, que não têm capacidade para levar esses pequenos oceanos ambulantes até lagos ou oceanos, na mesma velocidade com que os recebem.Finalmente, mas não menos importante, que culpa tem a chuva, se os governantes criam ou permitem situações que facilitam o represamento de suas águas nos maciços terrosos, provocando forte pressão de dentro pra fora, que vai gerar os enormes deslizamentos de terra e pedra?Digo e repito, o papel da chuva não é governar, mas chover. Já o papel dos governantes não é chover, mas governar, fazendo umas poucas coisas, para garantir a segurança e qualidade de vida dos cidadãos e cidadãs:

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  • A concentração de pavimentos e telhados precisa ser evitada e reprimida, por mais impopular que esta medida seja. A água da chuva é chegada a se infiltrar e se dirigir aos lençóis freáticos. Para isso, precisa da ajuda dos governantes, que devem evitar a constante impermeabilização que ocorre em grande escala nas cidades. 
  • Já o excesso de árvores, matas e macegas é totalmente desejável, de preferência junto às ruas e residências. Afinal, a chuva não tem a mínima pressa de chegar aos rios, lagos e oceanos.
  • Embora não dê um voto, nas eleições, é vital a construção de valas e valetas, bem como a colocação de tubos, que impeçam que as águas encharquem os maciços de terra e pedra – especialmente os colúvios –, mantendo-os estáveis.


O quadro ideal, nas cidades, é aquele em que a chuva chove, e suas águas se dirigem o mais lentamente possível para dentro do solo, parte indo para os lençóis freáticos e parte sendo retirada dos maciços encharcados, tão logo pare de chover. A água que não se infiltra corre o mais languidamente possível, abraçando árvores, matas, flores e macegas, até os rios e canais que a levará até o ponto final da viagem. Simples assim... 

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