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Ricardo Nêggo Tom

Cantor, compositor, produtor e apresentador do programa Um Tom de resistência na TV 247

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O pênis de brinquedo do filho do presidente

O vídeo postado por um dos filhos do presidente, talvez, o mais Bolsonaro de todos, onde um homem está batendo numa panela usando um pênis de plástico como baqueta, evidencia o desrespeito que sentem pelo povo e o prazer que têm de debochar do caos que instituíram

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Imagino que você tenha chegado até aqui, ávido por uma crônica rodriguiana ou por um furo jornalístico cuja dimensão fosse capaz de abrigar o objeto citado no título deste artigo. Afinal, quem não gosta de saber que está rolando uma baixaria envolvendo o nome de alguém por quem não temos muito apreço, não é verdade? Principalmente, se for um Bolsonaro. Porém, muita calma nessa hora. Aliás, apenas nessa hora.

Se a chamada para o texto é meio sensacionalista, quase um Clickbait para chamar a sua atenção, o que está por vir, caso o atual presidente da república permaneça no exercício insano de suas funções, é um desastre de proporções bíblicas. E, à isso, você precisa estar bem atento. Não que essa tragédia não tivesse sido anunciada. Mas é sempre bom lembrar, o principal motivo que nos fez chegar à situação pré apocalíptica a qual nos encontramos. O ódio.

Desde que foi apresentado como o bastião da defesa da pátria pelos extremistas da direita, tal sentimento foi absorvido como virtude e passou a ser uma condição sine que non para se identificar um verdadeiro patriota. Mesmo sabendo que eles não eram flor que se cheirasse, não poderíamos imaginar que eles fossem tão fétidos e inescrupulosos. A pandemia veio para nos mostrar na íntegra, do que essa gente é capaz. E não duvide de que eles possam ser ainda piores.

Dias antes do caos que se bateu sobre o Amazonas, deixando hospitais sem oxigênio e provocando a morte de dezenas de pessoas, políticos e cidadãos ligados ao governo Bolsonaro, comemoraram o fim do “Lockdown” determinado pelo governador Wilson Lima (PSC) – que, a propósito, merece um capítulo à parte nesse genocídio institucional que está em curso no país – para conter o avanço de casos de Covid no estado.

Integrantes da nata do obscurantismo bolsonarista, com o perdão do pleonasmo, como Carla Zambelli, Bia Kicis, Alexandre Garcia, Osmar Terra e Eduardo Bolsonaro, foram às redes sociais exaltar a atitude do povo amazonense, que, na opinião dos nefastos inglórios, fizeram valer o seu poder ao sair às ruas pedindo o retorno à normalidade. Tamanha perversidade, em defesa de uma distopia ideológica, precisa ser punida exemplarmente, de modo a não abrir mais nenhum outro precedente na história política do país.

Todas as medidas tomadas por esse governo no enfrentamento da pandemia, foram na direção contrária do que recomendava as organizações de saúde e do que deveria recomendar o senso de humanidade de seus membros. Estamos falando de genocídio e de assassinos em potencial. Seres sem a mínima empatia pela dor e pelo sofrimento alheio. Uma gente fria, pérfida e peçonhenta, que se regozija com o horror e que devota sua existência à barbárie, como uma divindade superior.

São mais de 207 mil mortos e oito milhões de pessoas que contraíram o vírus. Números que poderiam ter sido evitados, se tivéssemos um Presidente preocupado com a vida de seus concidadãos. Um governante que não considerasse uma doença letal como uma simples “gripezinha”. Um chefe de estado que, ao invés de exaltar o seu perfil de atleta e chamar de “frouxos” aqueles que cumpriam o isolamento, fosse capaz de elaborar um plano de contingência que evitasse muitas perdas fatais e que planejasse previamente a imunização da população, possibilitando um retorno gradativo à normalidade.

No entanto, a única coisa que nos foi oferecida pelo atual comandante do país, durante todo esse período de angústia e incertezas, foi o absurdo. Em ações, omissões, verbalizações e pensamentos, Jair Bolsonaro foi o pior ser humano que poderíamos ter encontrado pela frente, num momento de tamanha aflição e dor. A décima primeira praga do Egito, que foi enviada ao Brasil para que o povo aprenda que discurso de ódio, intolerância, violência e preconceito, não pode promover o bem estar e o progresso de uma nação. É só bílis e esgoto vazando de mentes a serviço do mal.

As panelas voltaram a bater e sinalizam que a única saída, é o Impeachment de Bolsonaro. Embora o som de algumas me pareça estranho e não harmonize muito bem com as outras da orquestra - como é o caso do utensílio tocado por Luciano Huck, eleitor de Bolsonaro em 2018 – elas não expressam apenas protesto político. Elas representam o instinto de sobrevivência de milhões de pessoas, que veem suas vidas ameaçadas com a permanência de Bolsonaro no poder.

O vídeo postado por um dos filhos do presidente, talvez, o mais Bolsonaro de todos, onde um homem está batendo numa panela usando um pênis de plástico como baqueta (É estranha a fixação que essa gente tem por referências sexuais), evidencia o desrespeito que sentem pelo povo e o prazer que têm de debochar do caos que instituíram. Chamando de “bumbum guloso” (outra expressão com conotação sexual) aqueles que apoiavam o panelaço contra o seu pai, o rebento, inadvertidamente, exprimiu uma grande naturalidade no compartilhamento do conteúdo.

Quem sabe, a mesma naturalidade de quem está habituado a manipular o souvenir erótico, fazendo uso do mesmo para a finalidade a qual se destina. Que isto lhe sirva de consolo, para quando o clamor popular pelo Impeachment do seu pai tomar às ruas. E já se pode ouvir os primeiros gritos. Tem presidente que é cego e tem povo que não quer enxergar o buraco onde se meteu. Fora Bolsonaro! Impeachment Já!

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