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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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O Pequeno Trump e o Dória Grande

Qualquer manual de psicologia ensina que a arrogância e a prepotência andam de mãos dadas com a covardia. Trump escolheu como inimigos número 1 dos Estados Unidos os mais pobres e oprimidos: imigrantes ilegais e refugiados dos países mais miseráveis, longe ou perto do seu país: sirios, iranianos, turcos, mexicanos. Nosso pequeno Trump, o prefeito de São Paulo, João Dória, vai no mesmo caminho. Escolheu os pichadores como os inimigos número 1 da cidade. Por coincidência, são os jovens mais pobres, moradores da periferia, cujas pichações, se não são exemplo a ser seguido (principalmente quando se ocupam em pichar monumentos) também não podem ser criminalizados nem perseguidos com a voracidade pretendida por Dória

Qualquer manual de psicologia ensina que a arrogância e a prepotência andam de mãos dadas com a covardia. Trump escolheu como inimigos número 1 dos Estados Unidos os mais pobres e oprimidos: imigrantes ilegais e refugiados dos países mais miseráveis, longe ou perto do seu país: sirios, iranianos, turcos, mexicanos. Nosso pequeno Trump, o prefeito de São Paulo, João Dória, vai no mesmo caminho. Escolheu os pichadores como os inimigos número 1 da cidade. Por coincidência, são os jovens mais pobres, moradores da periferia, cujas pichações, se não são exemplo a ser seguido (principalmente quando se ocupam em pichar monumentos) também não podem ser criminalizados nem perseguidos com a voracidade pretendida por Dória (Foto: Alex Solnik)
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Qualquer manual de psicologia ensina que a arrogância e a prepotência andam de mãos dadas com a covardia.

Trump escolheu como inimigos número 1 dos Estados Unidos os mais pobres e oprimidos: imigrantes ilegais e refugiados dos países mais miseráveis, longe ou perto do seu país: sirios, iranianos, turcos, mexicanos.

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Quer mantê-los longe da "Grande América" a qualquer custo, seja construindo um muro semelhante à muralha da China, seja impedindo seu ingresso em aeroportos.

Estigmatiza-os como traficantes e terroristas, mas por trás dessa mistificação há um motivo mais profundo que inspirou outras tragédias da história universal, como o nazismo: o que ele pretende, na verdade, é deixar a América para os americanos, a nova versão da "raça pura", pedra angular da política abominável de Adolf Hitler.

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O muro e as deportações não vão proteger os americanos dos criminosos e sim dos mais pobres, mais carentes, daqueles que precisam de proteção e que sempre foram recebidos pela América de braços abertos.

Nosso pequeno Trump, o prefeito Dória vai no mesmo caminho. Escolheu os pichadores como os inimigos número 1 da cidade. Como os grandes criminosos a serem eliminados. Por coincidência, são os jovens mais pobres, moradores da periferia, cujas pichações, se não são exemplo a ser seguido (principalmente quando se ocupam em pichar monumentos) também não podem ser criminalizados nem perseguidos com a voracidade pretendida por Dória.

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Agora ele pretende transformar os taxistas em delatores de pichadores, jogando uma classe profissional também sacrificada contra os pobres e oprimidos da periferia.

São atitudes típicas dos covardes.

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Assim como Trump não se mete a enfrentar os mais poderosos, detentores de grandes fortunas da Wall Street, Dória também deixa de lado os especuladores imobiliários, os grandes devedores de IPTU, os industriais que despejam dejetos de suas fábricas no Pinheiros e no Tietê para se dedicar à caça àqueles cuja única arma de protesto é o spray e que, se não fazem obras de arte, também não podem ser acusados de provocar fedor, doenças ou mortes.

As pichações são horríveis, claro que são, mas não matam ninguém, não aleijam, não estupram, não fazem o mal na dimensão que o pequeno Trump preconiza.

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A fixação por muros que, nos Estados Unidos tem por objetivo manter os mais pobres a uma boa distância também faz parte do programa de Dória, embora na sua campanha ele jamais a tivesse mencionado.

O seu primeiro muro será erguido no próximo carnaval. Ele decidiu que trios elétricos "de fora de São Paulo" têm que pagar 240 mil reais para entrar no território sagrado dos bandeirantes. É uma clara agressão, principalmente aos nordestinos, aqueles que construiram e constroem a maior cidade do Brasil e cujos artistas agora são barrados.

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América para os americanos. São Paulo para os paulistanos.

Trump e Dória desconhecem a história do seu país e da sua cidade, que não seriam o que são hoje se seus antecessores tivessem implantado essas políticas discriminatórias e antidesenvolvimentiastas.

Trump compra briga com o mundo; Dória, com as demais cidades do seu próprio país.

Um e outro podem se vangloriar de seu sucesso financeiro, sendo bilionário o americano e milionário o paulistano, sem entrarmos no mérito de como se tornaram tão exorbitantemente ricos, mas o que estão mostrando nos primeiros dias de mandato não só não vai trazer a prosperidade (como imaginavam seus eleitores) como aprofundar a miséria, a discórdia e a divisão entre "nós" e "eles".

Dória é o pequeno Trump; Trump é o Dória Grande.

Ambos foram estrelas de "O Aprendiz". Pelo visto, nada aprenderam de útil. E correm o risco de serem demitidos, em breve, por seus eleitores.

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