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O procurador que não procura acabou achando

O Procurador que não quis procurar no "caso Palocci" foi muito, mas muito menor, naquela quadra nacional recente, do que a Instituição que integra. Bom que tenha mudado

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Chamo a atenção, aqui, para algumas reflexões que fiz à época da "CRISE PALOCCI", largamente noticiada na "grande imprensa". Diz-se que nas negociatas políticas do Governo, a "saída honrosa" concebida para o "ex-sempre-futuro-consultor" ministro dependia de um servidor público, de nome Roberto Gurgel, Procurador Geral da República, de quem a Presidente Dilma, o ex, "Lula", e o próprio então ainda ministro esperavam o "arquivamento das denúncias". E não deu outra: o Procurador Roberto Gurgel achou argumentos para não investigar, não "procurar", não satisfazer a sociedade, que lhe paga para defendê-la e intuía que o certo era ele ir fundo na apuração da denúncia.

Essa atitude do Procurador Geral da República chancelou o fato de que, no Brasil, qualquer um pode "vintiplicar" o patrimônio, em menos de quatro anos, sem suar e investir em empreendimentos com elevados ativos patrimoniais ou tecnológicos. Aqui, a impressão que ficou é que qualquer um "se dá bem", para usar expressão popular, mesmo sem ser gênio com aptidão para coisa lícita, como os criadores do "Google", "Apple", "Facebook", et coetera.

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Nós, cidadãos comuns, só poderemos ficar ricos, assim como dizem ter ficado o Sr Palocci, se for ou tiver sido do Governo, ou ter negócios com o Governo????? Qualquer um gostaria de saber, para ensinar aos filhos a "fórmula" que o Procurador Geral achou por bem não procurar, àquela altura. Até aqueles que vão "criticar" este artigo, aqui no "247", tenho certeza que lá "no fundinho de seus bolsos" - que recuso acreditar "monitorem profissionalmente" as críticas que se fazem, amiúde, na mídia eletrônica, em relação ao Governo, porque sejam sustentados por ongs, orgs e sei lá mais o que, com "vínculos com o Erário" -, gostariam de saber.

Não há limites para o poder. Não somos bobos! No caso Palocci, foram aonde nós todos, daqui expectadores - e vítimas dessa sociopatia -, achávamos que não chegariam: a Procuradoria Geral da República. Uma das últimas esperanças de preservação de fiscalização da decência no trato da coisa pública, essa Instituição, como a imprensa, tem feito pela sociedade mais do que o Congresso Nacional - somando-se ainda todas as Casas legislativas, estaduais e municipais - deveria fazer e não faz, e muitas das vezes até "desfaz", em matéria de fiscalizar gestores do dinheiro do povo.

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Ora bolas, ninguém multiplica patrimônio em vinte vezes, nuns poucos punhados de meses, neste País, sem ganhar na loteria, sem especular na ciranda financeira com informações pra lá de privilegiadas – e, portanto, ilegais -, sem traficar drogas, sem roubar banco, ou sem cometer improbidade ou crime contra o Erário Público. Ou é sorte, ou é conduta ímproba ou criminosa, pois o dinheiro honesto – até a imbecilidade reconhece – é coisa que se demora a acumular em qualquer parte do mundo civilizado ou não. Não há mágica, fora da sorte ou da ilegalidade.

O que o Procurador não procurou, naquela altura, foi a sólida construção jurídica do princípio da moralidade, que está fincada na Constituição Federal como diretriz que deveria nortear, não só o então consultor-congressista-ministro, mas o próprio Procurador na apuração dos fatos graves envolvendo um reincidentemente denunciado. Mas em seguida a esses fatos, o Sr. Procurador foi reconduzido pela Presidenta Dilma ao cargo de Fiscal Maior do Erário Nacional. Muito bom... Deve ter as qualidades para a recondução, certamente. Agora, já seguro ao cargo de grande responsabilidade que o destino lhe reservou de novo, exerceu, com grande bom senso, as prerrogativas institucionais que lhe impõe aquele mesmíssimo princípio constitucional da moralidade da época do "caso Palocci", e resolveu "procurar" o que dizem que o então ainda Ministro dos Esportes andou fazendo de mal.

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Obviamente, só quem procura acha. E, não raro, é preciso procurar muito, para se achar o que pode estar escondido. O Procurador que não quis procurar no "caso Palocci" foi muito, mas muito menor, naquela quadra nacional recente, do que a Instituição que integra. Bom que tenha mudado. A Nação, isto é unanimidade entre os seres pensantes deste País, precisa recuperar seus valores reais, e isto não será feito com a impunidade, ou estimulando-a.

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