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Guilherme Coutinho

Jornalista, publicitário e especialista em Direito Público. Autor do blog Nitroglicerina Política

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O PSDB tem bandidos de estimação

Enquanto a sigla protege Aécio e decide defender Temer do indefensável, resolvendo integrar o governo mais ímprobo da história, João Dória não perde a chance de criticar Lula e o próprio PT. Um discurso carregado de hipocrisia

Michel Temer Aécio Neves (Foto: Guilherme Coutinho)
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Apesar de ser o protagonista em incontáveis escândalos de corrupção, o PSDB tenta adotar um discurso moralista sobre o tema. Como se fosse ilibado, apontou o dedo de acusação para o PT e liderou, ao lado de Temer, a deposição de Dilma Rousseff. Mas, aparentemente, a indignação tucana é bastante seletiva: além de proteger seus membros corruptos, o partido decidiu não abandonar o governo, sabidamente desonesto. O PSDB, assentou, não apenas apoiar, mas compor essa desintegração moral do Brasil. Que a história não esqueça.

O PSDB se utilizou do discurso de probidade para criticar o PT, partido que o derrotou em quatro eleições consecutivas. Aécio Neves abusou do discurso moralista na campanha de 2014 e chegou a "protestar", juntamente com outros baluartes do partido, vestido de verde e amarelo, contra a "corrupção", em 2015. Ironicamente, Aécio foi um dos maiores defensores da permanência do partido no governo do PMDB. Mesmo afastado de seu mandato de Senador pelo STF, Aécio, também envolvido pessoalmente em diversos casos de corrupção, continua frequentando a Casa e exercendo grande influência no seu partido.

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Enquanto a sigla protege Aécio e decide defender Temer do indefensável, resolvendo integrar o governo mais ímprobo da história, João Dória não perde a chance de criticar Lula e o próprio PT. Um discurso carregado de hipocrisia. Lula já não ocupa cargo público, mas Dória prefere continuar com sua obsessão ao Ex-presidente a citar qualquer envolvido de seu partido ou mesmo o atual Presidente da República. Se o discurso de Dória é parcial e injusto, o silêncio das panelas é assustador. A corrupção tucana e peemedebista é aceita por governo e sociedade. Aos inimigos, a condenação. Aos aliados, o silêncio e o perdão.

O PSDB surgiu justamente de uma dissidência do PMDB. A sigla foi fundada por ex peemedebistas insatisfeitos com o governo Sarney. Agora, decreta seu fim ao insistir no apoio ao próprio partido que lhe deu origem. Se a militância tucana costuma bradar que não tem bandido de estimação, é melhor rever seus conceitos e seus votos. O partido já deixou claro que só combate a corrupção quando dela não pode tirar proveito. E que possui grande estima por alguns bandidos, entre eles seus maiores líderes e aliados mais poderosos.

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